BEM VINDO




16 de set. de 2010

Resumo critico:


V de Vingança


O filme mostra um governo ditador, representado na pessoa do Chanceler Adam Sutler, é instaurado de forma "justificado" na Inglaterra que assim como o do Adolf Hitler, na Alemanha, usou os meios de comunicação como torturador psicológico. Semelhante ao que ocorreu no domínio Hitler, Sutler surge como solução a uma sociedade deteriorada, com sonhos e valores soterrados por ele mesmo quando se uniu a um mega controlador da indústria farmacêutica.As minorias étnicas e os marginalizados mais uma vez foram utilizadas como cobaias para experimentos biológicos e torturas degradantes. Uma prisão, a estrutura metroviária e uma escola foram utilizados para a efetiva aplicabilidade das mutações desenvolvias pelo governo e apoiadas pela igreja na pessoa do Padre pedófilo. O Chanceler surge com a cura para o medo implantado nas pessoas através das doenças e das mazelas sociais induzindo a população a coroar Sutler seu governante. A massa trocou sua liberdade pela falsa personificação da salvação.A manipulação e o totalitarismo se torna mais latente no toque de recolher quando Evie é interceptada na rua pelos “homens dedo” - os funcionários do estado, a captação das conversas do interior das casas, a proibição de posse de obras de arte, além de controlar o que as pessoas podiam comer, sendo que o acesso a alguns alimentos era privilégio do governo. O filme retrata um governo que detinha o poder de todos os segmentos da sociedade, inclusive dos programas de televisão que noticiavam apenas e tão somente as mentiras usadas para manipular a verdade.A mídia, no filme, é a principal arma de massificação, ela é utilizada não só para exaltar os benefícios que o governo proporciona ou modelar os seus erros, mas também para concentrar a população no senso de obediência, deixando-se controlar pelo governo. Nos bares, nas casas, nos asilos, embora mostre as pessoas juntas, o personagem principal da casa é o aparelho de televisão que transmite aquilo que o estado quer que as pessoas saibam. Observa-se uma apatia contundente, ninguém questiona, nem conversa sobre o que vê e ouve. O isolamento, a quebra dos vínculos familiares, e o enfraquecimento relioso e social contribuíram para que o governo se tornasse mais forte e manipulador na vida da sociedade.O controle do estado é novamente observado quando surge V, o personagem mascarado que explode o prédio da justiça e toma um canal de TV para mostrar e plantar a semente da idéia ativista na população, porém o governo divulga posteriormente a possível morte daquele que seria um terrorista. Mais uma vez a manipulação da verdade predomina. V não é um terrorista e sim um anarquista, um homem que foi usado como cobaia do governo e torturado no passado. Ele reascende as idéias e o rosto, através da máscara, de Guy Fawkes, um homem que tentou explodir o parlamento inglês por desacreditar do sistema e morreu enforcado em praça pública.O tema central da trama é a saga do herói contra a repressão do estado totalitário, contudo, além da vingança pessoal de V, há uma vida resgatada da apatia na personagem de Evie. Observa-se, no começo, a diferença entre os personagens na forma de buscar os objetivos, V leva a termo a frase célebre de Maquiavel - “Os fins justificam os meios”, exterminar as personificações do mal (matar) era o seu forte, já Evie era uma crítica do sistema, porém não concordava com os métodos de V para libertar a massa do domínio governamental. O mascarado não poupou nem aquela que amava, quando sabia que a tortura e a imposição da mesma condição pela qual ele e outras pessoas passaram poderia libertá-la e trazê-la de volta à vida real, adquirir a coragem e a capacidade para ações que eram impossíveis na Evie do início da obra. Apesar de “V For Vendetta” não ser um filme de ação, há brilhantes batalhas travadas, mas no campo das ideias, dos pensamentos. V, apesar de sua alma e corpo feridos, seduz pelas palavras, pela inteligência e não pela força.

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