BEM VINDO




27 de dez. de 2012

EMILIA FERREIRO


Emilia Ferreiro


Emilia Ferreiro, psicológa e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget.
"Emilia Ferreiro aprofunda um aspecto importante no processo de construção da leitura e escrita: problema cognitivo envolvido no estabelecimento da relação entre o todo e as partes que o constituem. Emilia nos mostra que a criança elabora uma série de hipóteses trabalhadas através da construção de princípios organizadores, resultados não só de vivências externas mas também por um processo interno. Mostra também como a criança assimila seletivamente as informações disponíveis e como interpreta textos escritos antes de compreender a relação entre as letras e os sons da linguagem." (Emilia Ferreiro - Alfabetização em Processo - Cortez. Editora)
A alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de "maturidade" ou de "prontidão" da criança. Os dois pólos do processo de aprendizagem ( quem ensina e quem aprende ) têm sido caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.
A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras. A invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação.
Existem dois sistemas envolvidos no início da escolarização ( o sistema de representação de números e o sistema de representação de linguagem ), as dificuldades que as crianças enfrentam são dificuldades conceituais semelhantes às da construção do sistema e por isso pode-se dizer, em ambos os casos, que a criança reinventa esses sistemas. Não é reinventar as letras e, ou os números, mas compreender seu processo de construção e suas regras de produção.
A distinção que estabelecem entre Sistema de Codificação e Sistema de Representação não é apenas terminológica. Suas consequências para a ação alfabetizadora marcam uma nítida linha divisória.
Quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria escrever certo conjunto de palavras, está oferecendo um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para ser avaliado. Aprender a lê-las , interpretá-las é um longo aprendizado que requer uma atitude teórica definida.
Do ponto de vista construtivo, a escrita infantil segue uma linha de evolução surpreendente regular, através de diversos meios culturais. Aí podem ser distinguidos três grandes períodos no interior dos quais cabem múltiplas subdivisões:
·         distinção entre o modo de representação- icônico e o não icônico.
·         a construção de formas de diferenciação ( controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo )
·         a fonetização de escrita ( que se inicia com um período silábico e culmina no período alfabético).
"A escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade. Como objeto cultural, a escrita cumpre diversos funções de existência ( especialmente em concentrações urbanas)".
Resultado de situações experimentais demonstram que as crianças elaboram:
·         ideias próprias a respeito dos sinais escritos,
·         ideias estas que não podem ser atribuídas à influência do meio ambiente.
Crianças aos 4 anos: Informações específicas revelam que  a orientação convencional ( da esquerda para a direita e de cima para baixo ) raramente está presente, quando aparece , combina com outras, com tendência para alternância. Esta alternância consiste em dar continuidade ao ato de assimilar; continuar do ponto onde parou , originando assim uma combinação de direção alternativa em cada linha ou coluna.
A criança que cresce em um meio "letrado" está exposta à influência de uma série de interações. As crianças não precisam atingir uma certa idade e nem precisam de professores para começar a aprender. A partir do nascimento já são construtoras de conhecimento. Levantam problemas difíceis e abstratos e tratam por si próprias de descobrir respostas para elas. Estão construindo objetos complexos de conhecimento. E o sistema de escrita é um deles.
O propósito de manter o processo de aprendizagem sob controle, traz implícita a suposição de que os procedimentos de ensino determinam os passos na progressão da aprendizagem.
" Emilia Ferreiro descobriu e descreveu a "psicogênese da língua escrita" e abriu espaço para um novo tipo de pesquisa em pedagogia. Ela desloca a investigação do "como se ensina" para "o que se aprende". O processo de alfabetização nada tem de mecânico do ponto de vista da criança que aprende. A criança constrói seu sistema interativo, pensa, raciocina e inventa buscando compreender esse objeto social complexo que é a escrita. Essa mudança conceitual sobre a alfabetização acaba levando a mudanças profundas na própria estrutura escolar". (Cortez-Editora).
( Fragmentos de textos extraidos da obra: Emilia Ferreiro - Reflexões sobre Alfabetização)
22ª edição - Cortez Editora
Algumas de suas constatações:
"Nenhuma criança chega à escola ignorando totalmente a língua escrita. Elas não aprendem porque vêem e escutam ou por ter lápis e papel à disposição, e sim porque trabalham cognitivamente com o que o meio lhes oferece."
"Para aprender a ler e a escrever é preciso apropriar-se desse conhecimento, através da reconstrução do modo como ele é produzido. Isto é, é preciso reinventar a escrita. Os caminhos dessa reconstrução são os mesmos para todas as crianças, de qualquer classe social."
"Um dos maiores danos que se pode fazer a uma criança é levá-la a perder a confiança em sua própria capacidade de pensar." (Nova Escola nº 28)

Biografia
Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da atividade de professora - que exerce também viajando pelo mundo, incluindo frequentes visitas ao Brasil -, a psicolinguista está à frente do site www.chicosyescritores.org, em que estudantes escrevem em parceria com autores consagrados e publicam os próprios textos.

18 de dez. de 2012

Discalculia, você sabe o que é isso?


Discalculia, você sabe o que é isso???

 
 
A discalculia é uma má formação neurológica que provoca transtornos na aprendizagem de tudo o que se relaciona a números, como fazer operações matemáticas, fazer classificações, dificuldade em entender os conceitos matemáticos, a aplicação da matemática no cotidiano e na sequenciação numérica. Acredita-se que a causa dessa má formação pode ser genética, neurobiológica ou epidemiológica.

Normalmente, crianças e qualquer outra pessoa que possui tal distúrbio apresentam sinais como dificuldade com tabuadas, ordens numéricas, dificuldades em posicionar os números em folha de papel, dificuldade em somar, subtrair, multiplicar e dividir, dificuldade em memorizar cálculos e fórmulas, dificuldade em distinguir os símbolos matemáticos, dificuldade em compreender os termos utilizados.

Algumas das dificuldades ainda existentes em pessoas com discalculia é também caracterizada na dislexia, distúrbio que apresenta dificuldade em ler, escrever e soletrar, pois a pessoa com necessidade educativa especial possui dificuldade em interpretar o enunciado dos exercícios e dos conceitos matemáticos.

A discalculia já pode ser notada a partir da pré-escola, quando a criança tende a ter dificuldades em compreender os termos já utilizados, como igual, diferente, porém somente após a introdução de símbolos e conceitos mais específicos é que o problema se acentua e sim já pode ser diagnosticado.

Existem métodos que podem facilitar a vida dessas pessoas quando necessitam da matemática. Para melhorar o seu desempenho, o professor deve permitir que o indivíduo utilize tabuada, calculadora, cadernos quadriculados e elaborar exercícios e provas com enunciados mais claros e diretos. Ainda pode estimular o indivíduo passando trabalhos de casa com exercícios repetitivos e cumulativos.

22 de abr. de 2012

Plano de aula Porcentagem.

Porcentagem



Ponto de partida

1) Mediante anúncios de jornais e de revistas com promoções, artigos de economia, etc. mostrar os problemas diários da porcentagem.
2) Realizar a leitura dos textos Porcentagem (1) e (2) no site Educação.

Objetivos

Conhecer os elementos de uma poderosa ferramenta de ampla utilização em várias áreas.

Estratégias

1) Mostrar o algoritmo de maneira leve e às vezes indireta para amenizar a rejeição à matéria;
2) Pedir aos alunos a pesquisa de outros exemplos a serem resolvidos em classe ou como trabalho de casa;
3) Mostrar a grande aplicabilidade da porcentagem.

Atividades

1) Após a fixação das propostas, pedir aos alunos a aplicação dos conceitos como, por exemplo, a porcentagem de homens e mulheres na classe ou a partir da média das notas de cada aluno, qual a porcentagem de contribuição da de matemática;
2) Discutir e enfatizar a noção de porcentagem como ferramenta de suporte para outras áreas e não como um assunto exclusivo da matemática;

Sugestões

Verifique as contas de serviços (energia elétrica, água, telefone) em que os impostos são calculados sobre o valor final e não sobre o valor medido e deduza tal algoritmo junto com os alunos.

12 de abr. de 2012

Juros simples e a função do 1º grau

PLANO DE AULA 

Juros simples e a função do 1º grau

Objetivo

Retomar o conceito de juro simples, relacionando-o com a função do 1º grau. Desenvolver estratégias para a leitura e a interpretação dos conceitos e dos procedimentos envolvidos nesse tipo de função.

Estratégias

1) Propor aos alunos a leitura de uma questão (ENEM/2009) que envolve o conceito de juro simples. Pedir que indiquem as dificuldades de leitura e de interpretação do problema:

Página 3

2) Apresentar o conceito de juro como uma quantia recebida, ou paga, pela utilização de um determinado capital. Ilustrar esse conceito simulando empréstimos entre os alunos da sala.

3) Discutir a taxa de juros como uma fração aplicada sobre o capital em um intervalo de tempo. Mostrar essa razão da fração do capital pelo tempo a partir das informações do problema:

Página 3

4) Apresentar o conceito de montante M(x) como o capital somado ao juro - e este calculado a partir da taxa que foi definida. No nosso exemplo, depois de um mês temos o montante de M(x)= 5000,00 + 150,00 = 5150,00.

5) Construir uma tabela do montante em função do números de meses, a partir da taxa que foi definida na questão. Mostrar para a sala que, na regra dos juros simples, a taxa é sempre aplicada sobre um valor fixo definido como capital inicial. Com os dados da tabela, deduzir uma expressão algébrica do montante M(x) em função do número de meses "x":

Página 3

6) Mostrar quais são as variáveis dependentes e independentes da expressão algébrica M(x)= 5000 + 150.x.

7) Relacionar essa expressão com uma função do 1º grau, identificando o termo independente e a declividade da função:

Página 3

8) Construir uma tabela e um gráfico identificando o eixo das ordenadas e das abscissas com as respectivas variáveis.

9) A partir da tabela e do gráfico que foi construído, mostrar a alternativa A como a correta. A função é crescente, com declividade 150 reais/mês e inicia no ponto (0;5000).

10) Analisar cada alternativa da questão como recurso para discutir a declividade da função do 1º grau. Discutir com a sala o caso em que declividade é igual a zero, obtendo uma função constante. E o caso da declividade negativa? Como é identificado?

11) Ilustrar com gráficos outras situações e experiências que podem ser descritas pela função do primeiro grau.

Atividades

1) Em uma poupança são depositados R$ 8.000,00, com rendimento de 0,5% ao mês na regra de juro simples. Quantos meses serão necessários para o aplicador obter R$ 600,00 de juros? Escreva a expressão algébrica do montante em função do tempo.

2) Um banco propõe, para atrair clientes, uma taxa de juros igual a 1,5% ao mês, na regra do juro simples, mas com um período de carência de seis meses. Se um cliente aplicar R$ 20.000,00 nessa poupança, quanto tempo deverá deixar aplicado o dinheiro para obter juros de R$ 3.000,00? Construa um gráfico mostrando os pontos essenciais dessa aplicação.

22 de mar. de 2012

HISTÓRIA DO DINHEIRO

HISTÓRIA DO DINHEIRO


História do dinheiro
 Já imaginou como seria a vida sem usar o dinheiro? Estranho, não? Pois há muitos e muitos séculos atrás ele não existia, mas, como sempre existiu a necessidade de comprar, as pessoas da época tiveram que dar um jeitinho e resolver o problema.
A primeira solução foi fazer trocas, então, se uma pessoa tinha colhido muitas frutas, mas precisava de cortes de tecido para fazer roupas, partia à procura de quem estivesse interessado nas frutas, mas também tivesse tecido para fazer a troca, por exemplo. Esse é um sistema de comércio é chamado também de escambo. Atualmente ainda encontramos pessoas que se utilizam dessa prática, inclusive há sessões específicas nos classificados dos jornais para anúncios de trocas, mas é claro que em escala muito menor do que antigamente.
A questão é que nem sempre esse sistema dava certo, pois muitas vezes era difícil ter a noção do real valor da mercadoria a ser trocada. Assim, cada civilização arrumou uma forma de dar valor às mercadorias baseado em elementos que tinham algum significado importante para aquele povo: na China, passaram a usar bambu como moeda de troca; no Egito usavam argolas, na Arábia usavam fios! Nossa! Cada coisa mais esquisita, não é mesmo?
Com a descoberta dos metais – ouro, prata e cobre - ficou comprovado que utilizá-los como moeda de troca era a melhor forma de se estabelecer um sistema monetário. Inicialmente eram usados em formato de linguetas ou barras, mas ao longo do tempo foram ganhado formas e inscrições.
Foi durante a Idade Média que surgiu o papel-moeda: os comerciantes dessa época começaram guardar seus valores com os ourives (pessoas que fazem e vendem objetos de ouro e prata) e recebiam um recibo comprovando que tinham recebido aquela quantia e esse papel valia dinheiro, é claro...
No fim do Século XVII surge o primeiro banco, na Inglaterra. O procedimento era o mesmo: as pessoas levavam seus valores – ouro, prata, joias – para o banco e recebiam um recibo que garantia a entrega. Esse sistema vigorou por muitos séculos e foi copiado por outros países. Chegou um momento que o volumo de transações era grande e também começou a facilitar falsificações. Para controlar isso foi necessário que cada país criasse um órgão responsável por controlar essas transações. No Brasil esse órgão chama-se Banco Central.
Outras formas de dinheiro
cheque é uma forma alternativa de utilizar o dinheiro: a pessoa deposita uma determinada quantia no banco e emite cheques relativos a pequenas partes do valor depositado, não precisando, necessariamente usar todo o valor de uma só vez. É muito útil utilizar cheques quando o valor a ser pago por algum bem é muito alto.
Já o cartão de crédito também é uma forma de utilização do dinheiro, só que, diferente do cheque. Com o cartão de crédito você utiliza um valor que na verdade você não tem ou não quer utilizar naquele momento e o banco lhe dá crédito para comprar e pagar posteriormente, com prazo determinado pelo banco.
O dinheiro no Brasil
Também no Brasil, por muito tempo vigorou o sistema de trocas, principalmente na época em que havia grande produção de açúcar, fumo e algodão.
Em 1695 foram cunhadas as primeiras moedas oficiais do Brasil. Na época essas moedas eram de ouro e prata, com o valor de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, em ouro e de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis, em prata.
Esse sistema introduzido pelos portugueses durou até 1942 quando foi introduzido o cruzeiro. Com o passar do tempo e a consequente desvalorização da moeda seu valor ficou muito baixo, até que, em 1965 o governo decretou a criação do cruzeiro novo.
Esse processo de desvalorização da moeda no Brasil ainda persistiu por algum tempo e o governo teve que fazer outras intervenções para que a moeda não perdesse totalmente o valor. Assim de 1986 à 1989 vigorou ocruzado, de 1989 à 1990 o cruzado novo, de 1990 à 1993 novamente ocruzeiro até que finalmente em 1994 surge o real, moeda que se mantém estável até hoje. Ainda bem!
Curiosidades
Na Roma antiga, os soldados eram pagos através de uma quantia de sal, chamada de salarium, daí tem origem o termo salário que utilizamos hoje.

História do Dinheiro




História do Dinheiro

Este tema chama bastante a atenção dos alunos pelo fato do dinheiro estar bem presente na rotina das crianças. Assim, trabalhar com os alunos menores a questão de valores monetários utilizando-se de sistema de trocas com fichas coloridas pode dar uma boa base aos alunos. Esse pode ser o “dinheiro” que circula na classe em atividades como o mini mercado para compras.
Uma atividade para se trabalhar de forma interdisciplinar, principalmente com história, geografia e matemática é justamente estudar a história do dinheiro especificando seu uso e valor dado a ele em diversas civilizações. Os alunos podem ser divididos em equipes e cada uma ficará responsável por pesquisar uma civilização antiga, pesquisando sobre sua localização, influência do comércio, tipo de moeda assim como a divisão do dinheiro. Dessa forma é interessante também trabalhar a evolução da moeda no Brasil, sendo que os grupos devem ser divididos por época de vigência daquele tipo de moeda.
Com os alunos mais velhos pode ser sugerido uma pesquisa e debate posterior a respeito das desvalorizações da moeda e como elas influenciam no cotidiano das pessoas.


ENERGIA SUSTENTÁVEL

2012 ANO DA ENERGIA SUSTENTÁVEL


2012 Ano da Energia Sustentável
O ano de 2012 promete ser voltado para a conscientização ambiental e utilização de energia sustentável, pois a ONU – Organização das Nações Unidas já estabeleceu que será o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.
Energia sustentável é a energia que pode ser utilizada sem danos ao meio ambiente e aos seres vivos. Inclui todas as formas de energia renovável e tem influência direta em nosso cotidiano, pois mais praticamente tudo que fazemos utiliza alguma forma de energia.
Segundo documento emitido pela ONU, o objetivo principal da campanha para este ano é “incentivar e impulsionar a conscientização para as questões energéticas, incluindo os serviços modernos de energia para todos, o acesso à disponibilidade e eficiência energética, a sustentabilidade e o uso das fontes de energia para a realização das metas do Desenvolvimento do Milênio, do Desenvolvimento Sustentável e a promoção de todas estas ações a nível local, nacional, regional e internacional”.
A ONU também apresentou dados relativos à utilização de energia a nível mundial, apontando que mais de 1, 4 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a energia, e isso acarreta problemas de saúde, déficit educacional, destruição ambiental e, até mesmo, atraso econômico.
Formas de gerar energia renovável
O uso da energia renovável é a forma mais apropriada de gerar energia sem poluir o ambiente, pois utiliza recursos que são devolvidos ao ambiente, muito diferente dos combustíveis fósseis, que, quando utilizados, causam poluição e não se reinteram novamente ao meio ambiente. Veja alguns exemplos:
Energia solar: proveniente do sol, é captada por painéis solares e transformada em energia elétrica ou mecânica. É utilizada, principalmente em residências, para o aquecimento da água.
Energia Eólica: é aquela gerada pelo vento. Para sua captação grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Pode ser utilizada em residências, indústrias, fazendas, etc.
Energia Geotermal: é aquela gerada através do calor proveniente do interior da Terra. Esse calor é transformado, na usina geotérmica, em eletricidade. Sua produção deve ser feita através de rigoroso controle técnico, pois pode provocar instabilidade geológica caso seja feita de forma inadequada.
Biodiesel: é um combustível renovável, produzido a partir de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol (pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras). É usado basicamente em veículos.
Biomassa: é a energia proveniente da matéria orgânica (esterco, madeira, resíduos agrícolas, restos de alimentos) produzida numa determinada área de um terreno. Essa matérias orgânica gera gases que são transformados, nas usinas específicas, em energia.
BioGas: é um biocombustível produzido a partir de uma mistura gasosa de dióxido de carbono com gás metano. A produção do biogás pode ocorrer naturalmente por meio da ação de bactérias em materiais orgânicos (lixo doméstico orgânico, resíduos industriais de origem vegetal, esterco de animal). Pode também ser utilizado para a produção de energia elétrica e para isso é necessário usar geradores elétricos específicos.
Energia renovável no Brasil e no mundo...
O Brasil é um país com grande capacidade para produzir energia renovável. Para você ter uma ideia só de energia eólica o potencial é de 350 000 megawatts, mas pelas políticas governamentais hoje produziria apenas 981 megawatts. Tudo isso sem contar com outras formas de energia limpa, como a energia solar, já que recebemos luz solar durante a maior parte do ano, em qualquer região. Assim, nosso país ainda está bem longe do caminho para utilização de energia limpa, daí a importância das ONGs e outras instituições voltadas para questões ambientais, para pressionar e cobrar dos órgãos competentes atitudes mais coerentes com o desenvolvimento sustentável do meio ambiente.
Mundo afora o quadro também não é diferente: segundo a Agência Internacional de Energia, atualmente as fontes de energia renovável são responsável por apenas 12% da matriz energética mundial. Entre os países com contribuições mais significativas está a China, que produziu cerca de 16 000 megawatts de energia renovável em 2010. Já a Índia produz 13 000 megawatts de energia eólica. Na Alemanha, 9,3% da energia produzia vem desta fonte de energia, pouco em comparação a Dinamarca, que é de 24%.
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje...
Em outubro de 2011 foi realizada uma audiência pública na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília. Na ocasião foram discutidas propostas para regulamentar e incentivar o uso de mecanismos para a geração de energia renovável em pequena escala, como biomassa, solar e eólica. Entre as propostas a mais próxima de ser concretizada é a possibilidade de haver desconto e reduzir o valor gasto com o consumo de energia para quem instalar painéis fotovoltaicos ou pequenas turbinas eólicas em sua residência. Muitas empresas já estão pensando, e até trocando o sistema convencional de utilização de energia pelas formas eólica ou solar, pois, mesmo sem ter incentivos do governo, a economia é imensa e a contribuição ao meio ambiente também!

ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA


A água pode ser encontrada em três estados físicos:



A água pode mudar de estado físico como, por exemplo, ir do estado sólido para o líquido. Um exemplo disso é quando deixamos o gelo (estado sólido da água) fora da geladeira e ele derrete virando líquido.

Existem nomes que representam cada uma destas mudanças de estados físicos, veja abaixo quais são: 



 

Dia da agua

ÁGUA


Água
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
(Composição: Guilherme Arantes)
Já ouviu esta música? É do cantor e compositor Guilherme Arantes. Através dela o compositor mostra de uma forma inteligente o ciclo da água e sua importância para natureza. Escute com atenção para perceber.
O tema água atualmente é assunto de preocupação e discussões em nível mundial, pela sua importância e pelo fato de ser um recurso natural que corre o risco de se esgotar, daí a importância do Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, pois é um dia que leva à reflexão sobre a importância da água e sobre formas de utilizá-la de modo mais racional.
Importância da água
Praticamente todas as atividades do cotidiano evolvem a água, a higiene pessoal e do ambiente em que vivemos é um exemplo disso. A preparaçãode grande parte de alimentos também exige água, aliás, se não fosse a água, muitos alimentos importantes como frutas e verduras, não existiriam, pois dependem da água para seu crescimento. Assim, é impossível imaginar o planeta Terra sem a água!
Outro fator que mostra a importância da água é o fato do nosso corpo ser formado por 70% de água... Dá para acreditar? A água em nosso organismo tem dois papéis importantíssimos: participar do metabolismo, ou seja das reações químicas que ocorrem no organismo e controlar a temperatura, assim, através do suor há perda de calor e nosso corpo “esfria”, controlando a temperatura.
Mas... Há um detalhe importante...
Atualmente a escassez de água já é um problema mundial, devido a fatores que tem relação direta com a ação do ser humano no meio ambiente: desperdício, poluição, mudanças climáticas, tudo isso interfere no ciclo da água, fazendo com que diversos países já sofram as consequências de forma bem grave.
Segundo dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, a falta d'água já afeta o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. Se nada mudar, até o ano 2050, calcula-se que 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água. Isso envolve bilhões de pessoas com problemas em relação à água.
Existem soluções viáveis
Não adianta falar dos problemas se não pensarmos em soluções, e neste caso já há diversos estudos que mostram projetos viáveis para reduzir desperdícios, ampliar o saneamento básico e reduzir a poluição.
As soluções mais amplas têm que partir dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, isso fica claro através de relatório emitido pela OMS – Organização Mundial de Saúde que apontam que se estes países fizessem um investimento adicional de US$ 11, 3 bilhões por ano nesta área resultaria num benefício de aproximadamente US$ 84 bilhões anualmente. Isso porque pessoas com acesso a água limpa e saneamento adoecem com menos frequência, além de custarem menos ao sistema de saúde, têm vida mais produtiva.
Há também informações de soluções bem-sucedidas em áreas que já sofrem com a escassez de água. Tudo isso pode que ser estudado com muito empenho e, principalmente ser aplicado o mais rápido possível.
Enquanto isso...
Mudanças mais amplas como as mencionadas acima levam tempo para serem efetivadas, mas, principalmente no que diz respeito à água, podemos contribuir para a reversão desse quadro através de atitudes simples, mas que pode fazer a diferença. Seguem algumas dicas:
ü Um banho de 15 minutos gasta, em média, 130 litros de água! O pior é que no Brasil o recordista de consumo de água é justamente o banho! Para reverter esse quadro tente diminuir o tempo do banho e ainda fechar a torneira enquanto está se ensaboando;
ü Na hora de escovar os dentes, nada de deixar a torneira aberta. Com essa atitude você economiza no mínimo 10 litros de água!
ü Na hora de lavar roupa o ideal é deixar acumular peças e lavar tudo de uma vez;
ü Para lavar louça o ideal é ensaboar tudo o que for lavar com a torneira fechada, só abrindo na hora de enxaguar;
ü Nada de lavar o carro ou a calçada com mangueira, pois o desperdício é maior;  
ü Regular a válvula de descarga é sempre adequado para não precisar ficar apertando muito, o que gera desperdício;
ü Nunca deixe torneiras pingando ou canos furados, fazendo apenas "remendos", esses são fatores que provocam desperdício em longo prazo.
Se cada um fizer sua parte através dessas ações simples, pode ter certeza que muita coisa pode mudar no planeta!
O Brasil é privilegiado
Nosso país é privilegiado em termos de recursos hídricos: detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, que corresponde a cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.
Além disso, há uma reserva de águas subterrâneas é significativa: o aquífero Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro.
Essa riqueza deve ser motivo para termos maior responsabilidade em relação ao controle do desperdício.
Curiosidades
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças no mundo resultam da ingestão de água contaminada, com mais de 25 tipos diferentes de enfermidades.