BEM VINDO




22 de out. de 2011

HISTÓRIA DA INTERNET

HISTÓRIA DA INTERNET


História da Internet
A internet já faz parte do cotidiano da maioria das pessoas, seja para trabalho, pesquisa, entretenimento ou comunicação. Não dá para imaginar a vida sem ela, não é mesmo?
Mas nem sempre foi assim... Até chegar ao ponto em que está hoje, muitos cérebros brilhantes tiveram batalhar para colocar suas ideias em prática, mostrando que a ficção pode se transformar em realidade - a realidade virtual!
Vamos conhecer um pouco dessa história...
Década de 60:
1966: Tudo começou pelo trabalho conjunto entre quatro universidades norte-americanas que faziam pesquisas para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Para obter eficiencia no trabalho e também economizar dinheiro no processo de comunicação seria melhor que tivessem seus computadores interligados e um dos pesquisadores consegue verba para realizar esse projeto de interligação. Foi aberta concorrência para empresas especializadas desenvolver o projeto, mas poucos acreditavam nessa possibilidade.
1969: em 1° de maio de 1969, a BBN - Bolt, Beranek and Newman, empresa que ganhou a concorrência, envia o primeiro equipamento da rede para a Universidade da Califórnia em Los Angeles. Essa universidade passa a ser o primeiro ponto de conexão de uma rede (chamdo de nó). O grupo passa a chamar-se Arpanet e mais tarde Internet.
Década de 70
1971: Arpanet já tem 15 conexões em diversos centros de pesquisa, incluindo a Agência Nacional de Administração Espacial (NASA), nos EUA.
1973: as conexões saem dos limites dos Estados Unidos e alcança a Europa, assim neste ano a University College de Londres e Royal Radar Establishment, na Noruega, já estão conectadas nessa rede.
1979: surge a primeira rede para grupos de discussão, que na verdade era uma mistura de canal de conversa em tempo real com RPG (Role Playing Game).
Década de 80
1981: uma empresa norte americana - Bitnet (Because It's Time NETwork), passa a oferecer o serviço de correio eletrônico - e-mail, incluindo também a transferência de arquivos. Neste ano também tem início a mais intensa de expansão de comunicação acadêmica através da internet. Ainda em alta, a Arpanet começa a utilizar um sistema de comunicação específico que identifica e agiliza a comunicação entre os pontos conectados, permitindo a comunicação entre pequenas instituições.
1984: O número de servidores (pontos de conexão) na rede chega a 1.000, um número espantoso para a época.
1988: como nem tudo é perfeito, neste ano surge o primeiro vírus de computadores a partir de um um programa clandestino que perde o controle e afeta o funcionamento de 6.000 dos 60.000 servidores da rede. O vírus fica conhecido como Internet Worm (o Verme da Internet). Neste ano também é criado o primeiro serviço de bate-papo pela Internet. Também mais países já estão na rede: Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Islândia e Noruega.
1989: em apenas 5 anos, o número de servidores atinge 100.000.
Década de 90
1990: muitos outros países entram na rede e praticamente o mundo todo está conectado. Este é o ano em que o Brasil também adere à rede.
1992: surge o WWW, que é a chave de reconhecimento da internet. Seu significado? World Wide Web, traduzindo: Rede de Alcance Mundial. O número de servidores na rede atinge 1 milhão.
1993: em apenas um ano, um enorme salto: passa à 25 milhões de servidores conectados. Grandes empresas percebem o potencial dessa nova tecnologia e dá início à expansão comercial através da internet.
1997: a utilização da internet explode em todo o mundo. O numero de usuários ultrapassa a casa dos 50 milhões, no Brasil, mais de um milhão. Empresas de tecnologia iniciam a fase do comércio on-line, facilitando a vida de milhões de pessoas no mundo todo.
Dai para frente a evolução é cada vez mais rápida e com certeza mais novidades nos aguardam em um futuro bem próximo...
Termos mais usados na rede...
Para você ficar por dentro dos termos utilizado na internet, preparamos um dicionário de termos usados na internet. Clique aqui!
Curiosidades
Veja quando surgiram alguns serviços da internet tão usados atualmente:
E-mail: surgiu em 1965, antes mesmo de se pensar em internet!
Blog: o primeiro blog que se tem notícia é de 1997. Daí para cá sofreu muitas modificações e hoje é também um modo de se fazer pesquisa na internet.
Messenger: a primeira comunicação instantânea através do messenger foi em 1999 e em apenas dois meses de lançamento já contava com 2,5 milhões de utilizadores.
Redes sociais: em 1997 surgiram as primeiras redes sociais e sofreram muitas modificações para ter as funcionalidades que encontramos atualmente.

11 de set. de 2011

INCLUSÃO SOCIAL

INCLUSÃO SOCIAL


Inclusão Social

Olhe ao seu redor e veja se encontra alguém igualzinho a você, que seja parecido com você, que goste das mesmas coisas e tenha a mesma opinião. É bem provável que não encontre ninguém assim e é justamente isso que faz as pessoas serem interessantes, ou seja, o fato de sermos diferentes e podermos acrescentar novas ideias, diferentes opiniões e novos aprendizados!
Quando levamos em consideração essas diferenças, respeitamos o ponto de vista do outro e acolhemos as pessoas como elas são, estamos colocando em prática uma palavra muito simples, mas com significado importante e abrangente: a inclusão.
Diferentes tipos de inclusão
No mundo existem várias culturas, vários modos de viver. Mesmo se pensarmos apenas em nosso país, encontraremos muita diversidade. Quando convivemos com pessoas de diferentes culturas levando em consideração o que cada uma tem de melhor e respeitando suas manifestações, estamos praticando a inclusão étnica.
Como seres humanos, todos temos diversos potenciais que quando explorados podem trazer benefícios a todos. Quando percebemos e estimulamos o desenvolvimento desses potenciais em uma pessoa ou grupo, independente de sua classe social estamos praticando um tipo de inclusão bem ampla, que é a inclusão social.
Mas existe um tipo de inclusão que talvez seja um pouco mais difícil de colocar em prática, por isso precisa ser mais discutida, que é a inclusão dos deficientes. Se traçarmos uma cronologia sobre a história das pessoas com qualquer tipo de deficiência, veremos que já houve muito progresso, mas também há muito a ser feito, principalmente para que as leis que já existem sejam realmente cumpridas e mais do que isso, que sejam ampliadas, garantindo plena possibilidade de atuação e inserção na sociedade.
Escola e inclusão
A escola é o local que deve servir como exemplo para a prática da inclusão. É fundamental que a comunidade escolar possa refletir com frequência sobre esse tema, fazendo um “exercício” e treinando o “olhar” para o outro, considerando que uma deficiência, por exemplo, é apenas mais uma característica entre outras tantas que sabemos que nossos alunos têm. Nosso exercício também tem de ser no sentido de servir como exemplo de respeito a todos os alunos da sala, sabendo distinguir suas capacidades e procurando encontrar formas adequadas para transmitir o conhecimento e avaliar o aproveitamento de cada aluno dentro de suas possibilidades.

22 de ago. de 2011

NÚMEROS ROMANOS

NÚMEROS ROMANOS


Números Romanos
Sistema de Numeração Romana
A civilização romana foi sem dúvida a mais importante entre as civilizações antigas. Assim como outros povos, a necessidade de contar seus bens, como ovelhas, plantações, soldados, fez com que os romanos tivessem necessidade de criar seu próprio sistema numérico. Só que os romanos foram muito espertos: ao invés de inventar outros símbolos, os romanos usaram as letras de seu alfabeto para representar os números.
Veja como funciona sistema de numeração romano
 
As 7 letras que os Romanos utilizavam como numerais são:
 
I
1
V
5
X
10
L
50
C
100
D
500
M
1000
 
Repetindo cada símbolo duas ou três vezes o número fica duas ou três vezes maior. Mas atenção! Não pode repetir mais de três vezes. E mais: os símbolos V, L e D não se repetem.
Veja só alguns exemplos: II à 2, XXX à 30, CCC à 300, MM à 2000
 
Tem mais...
As letras I, X ou C colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença entre eles, obedecendo às seguintes regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M;
 
Se um símbolo for colocado à direita de outro símbolo de menor valor, este último símbolo soma o seu valor ao valor do outro, assim: VI (5+1=6) ou CX (100+10=110).
Se um símbolo for colocado à esquerda de outro símbolo de menor valor, este símbolo diminui o seu valor ao valor do outro, veja só: IV (5-1=4) ou CM (1000-100=900).
 
Números romanos até hoje
Até hoje usamos números romanos em alguns casos, como por exemplo, em marcadores de relógio e números que marcam capítulos de livros.
Quer lembrar como se escreve alguns números romanos? Muito fácil!!!
 
Para lembrar dos primeiros números, basta usar os dedos das mãos I II III.Clique aqui para ver e imprimir o desenho.
 
O número 5 lembra um “V” traçado na palma da mão. Clique aqui para ver e imprimir o desenho.
 
Para representar o 10, una os dois punhos com as mãos abertas uma virada para cima , outra para baixo, forma um “X”, não é mesmo? Clique aqui para ver e imprimir o desenho.
 
Para formar o número 50, é só usar a mão esquerda deixando o dedo polegar e o indicador retos. Clique aqui para ver e imprimir o desenho.
 
E, para formar o número 100, é só usar a mão esquerda deixando o dedo polegar e o indicador curvos.
 
Curiosidade
A numeração romana só utiliza símbolos maiúsculos porque o alfabeto romano não distinguia letras maiúsculas e minúsculas.

12 de jul. de 2011

CORPO HUMANO

CORPO HUMANO


Corpo Humano
Em sintonia...
Em completa sintonia, os órgãos do corpo humano mantêm uma verdadeira máquina em ação, realizando tarefas que os cientistas muitas vezes demoram anos para descobrir como funcionam.
O cérebro é quem comanda tudo... Através de milhões de células nervosas, chamadas de neurônios, ligadas a todas as partes do corpo, o controle dos órgãos e glândulas do corpo ocorre de forma harmônica.
sistema respiratório exerce função fundamental: leva o oxigênio do ar até as nossas células.
Para os alimentos serem aproveitados, gerando energia para o trabalho do corpo, entra em ação o sistema digestório.
Nenhum desses dois sistemas concluiria suas tarefas sem o sistema circulatório, formado por um complexo de vasos sanguíneos, que transportam nutrientes, oxigênio e excretas que devem ser eliminadas.
E não para por aí! Ainda temos o sistema excretor, responsável por filtrar e eliminar substâncias do organismo; o sistema imunológico, responsável pela defesa orgânica, o sistema esquelético, que coordena nossas ações, etc.

Curiosidade
A cada sílaba que o homem fala, 72 músculos entram em movimento. Para sorrir, são utilizados 14 músculos. Para beijar, 29.
(fonte: Guia dos Curiosos)

CINEMA

CINEMA


Cinema
Pipoca, refrigerante, uma tela enorme na sua frente e um mundo de aventura, suspense, romance ou qualquer outro gênero que seja seu preferido. Este é o cinema! Entretenimento garantido para todas as idades e para as mais diversas preferências!
O cinema é um sistema de reprodução de imagens em movimento, registradas em filme e projetadas sobre uma tela, dessa forma podemos perceber que o cinema teve origem no desenvolvimento de técnicas de fotografia.
Estudos arqueológicos e históricos mostram que o homem sempre se preocupou em registrar o movimento. Desenhos pré-históricos não deixam dúvidas a respeito dessa preocupação.
Na China, no ano 5.000 a.C., surge a primeira tentativa de projeção, na verdade projeção de sombras feita sobre paredes ou telas de linho, usando objetos recortados ou pelo movimento das mãos para representar figuras humanas ou de animais.
No século XV, Leonardo da Vinci cria a "câmera escura", ou seja, uma caixa fechada, possuindo um orifício com uma lente, local destinado a passagem da luz produzida pelos objetos externos. A imagem refletida no interior dessa caixa era a inversão do que se via na realidade.
Pouco mais tarde, no século XVII, O alemão Athanasius Kirchner criou a Lanterna Mágica, objeto composto de um cilindro iluminado à vela, para projetar imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.
Mas foi no final do século XIX, em 1895, na França, os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema e modificaram a forma de ver e interpretar o mundo.
No início eram só imagens...
No início os recursos tecnológicos eram precários e era impossível pensar em sincronizar imagem e som na projeção. Assim, os primeiros filmes conhecidos pelo público eram sem nenhum som, o chamado cinema mudo. Na verdade eram documentários, pois tinham a duração de no máximo dois minutos, todos baseados em cenas do cotidiano, como por exemplo, a chegada do trem na estação, o almoço do bebê e cenas no mar. Charles Chaplin foi uma figura marcante no cinema mudo, além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu e produziu vários filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo. Ele continuou atuando no cinema falado.
cinema falado surge a partir da invenção do americano Lee de Forest, que criou um aparelho que possibilitava a gravação magnética em película (1907), com reprodução simultânea de imagens e sons.
Conheça os gêneros:
Musical: este gênero se caracteriza por roteiros musicais que mesclam danças, cantos e músicas entre as cenas do filme. Os musicais mais conhecidos são: Caçadoras de Ouro (1933), A Canção do Deserto (1933), O Rei do Jazz (1933), Mágico de Oz (1939) e O Protegido do Papai (1940).
Comédia: gênero de filme baseado no humor, algumas vezes usado para críticas sociais, cotidianas e políticas. Muitos filmes fizeram sucesso nesta época, conheça alguns deles: "No Hotel da Fuzarca" (1929), "Diabo a Quatro" (1933) e Uma Noite Na Ópera (1935), O Gordo e o Magro (1933), "Luzes da Cidade" (1931) e "Tempos Modernos" (1936), esses dois últimos com Charles Chaplin que continua brilhando depois do cinema mudo.
Western: gênero específico do cinema americano, o western ou faroeste explora marcos históricos, como a conquista do Oeste, a guerra de secessão e o combate contra os índios. As cenas tem muita ação e aventura envolvem caubóis e xerifes, mocinhos e bandidos. Os mais conhecidos são: Jornadas Heróicas (1937), No Tempo das Diligências (1939), Sangue de Herói (1948) e O Céu Mandou Alguém (1948).
 Terror: são vários os filmes desse gênero, que têm em comum o suspense, desequilíbrio e a distorção do real. O mais conhecidos são: Drácula (1931) e Frankenstein (1931) entram em cena e O Médico e o Monstro (1932). Muitos outros, também muito assustadores surgiram depois para tirar o fôlego de qualquer um!
 Policial: com cenário de suspense e cenas de crimes e violência esse gênero sempre apresenta detetives, policiais, aristocrátas e belas mulheres em cena. Os mais conhecidos no início são: Scarface (1932) e Falcão Maltês (1941). Atualmente existe uma grande relação de títulos nesse gênero.
 Ação: este gênero apresenta sempre personagens voltados mais para "o bem" que disputam acirradamente com personagens "do mal", com muita disputa, brigas e usa da força física para resolver a trama principal do filme. Entre os mais conhecidos inicialmente estão: King Kong ( 1933), As Aventuras de Robin Hood (1938), A Marca do Zorro (1940) e Os Sete Samurais (1954). Também nesse gênero a quantidade de filmes de ação que existem atualmente é imensa.
 Cinema no Brasil
 A projeção de filmes não demorou muito a chegar no Brasil. A primeira sessão de cinema aconteceu em 08/07/1896, no Rio de Janeiro, somente sete meses depois da exibição dos filmes dos irmãos Lumière em Paris. Passado pouco mais de um ano, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles inauguram, na rua do Ouvidor - Rio de Janeiro, uma sala permanente e em 1898, Afonso Segreto roda o primeiro filme brasileiro que representava apenas algumas cenas da baía de Guanabara. Depois disso somente curtas que mostravam o cotidiano carioca e filmagens de pontos importantes da cidade.
Desde desse período até hoje, o cinema brasileiro teve altos e baixos, mas nunca parou. Já produziu aproximadamente 2 mil filmes e conquistou mais de 50 prêmios internacionais.
Para conhecer como se deu a evolução do cinema no Brasil, clique aquihttp://www.webcine.com.br/historia4.htm#Origem
Também na página www.webcine.com.br/cronolo_brasil.htm você pode conhecer a cronologia do cinema no Brasil.
 Cinema 3D
Imagine você ter a nítida sensação de ver monstros saltando da tela, flechas vindo em sua direção e ter certeza que está viajando no espaço sideral, pois tudo isso e muito mais é possível com o cinema 3D ou terceira dimensão.
A primeira exibição em 3D foi em 1922, em um teatro em Los Angeles com o curta “A Força do Amor”. Só que na época não fez muito sucesso e ocorreu apenas uma exibição.
Para assistir ao cinema 3D é preciso usar óculos especiais, os óculos polarizados que garantem uma melhor percepção.
Desde 1922, a tecnologia avançou e favoreceu muito a produção de filmes em 3D. As técnicas de filmagem também evoluíram e atualmente há empresas que estudam ampliar mais as alternativas de vivenciar realmente o filme, como por exemplo, codificar aromas que possam ser percebidos pelos espectadores.
A primeira sala de 3D inaugurada no Brasil foi em Dezembro de 2006, no shopping Eldorado pela rede Cinemark, e desde então já foram criadas 25 salas só em São Paulo.
O que é o Oscar?
A premiação máxima do cinema mundial é o Oscar. A primeira entrega de prêmios foi realizada em maio de 1929 e o filme ganhador foi "Asas", com direção de William A. Wellman estrelando Sylvia Lewis, Gary Cooper e Cadet White.
Eleger os filmes eleger os filmes premiados envolve aproximadamente 4.755 pessoas que tem direito a voto. Todos são profissionais do ramo: atores e atrizes, produtores, diretores, roteiristas, cenógrafos, montadores, fotógrafos, músicos, maquiadores. A Price Waterhouse, empresa de consultoria e estatística, organiza a votação na qual cada integrante da Academia vota em candidatos de sua mesma especialidade (fotógrafos votam em fotógrafos, atores em atores, etc.), mas todos elegem o Melhor Filme. Em uma segunda fase, a firma seleciona os cinco mais votados em cada categoria e é feita nova votação, desta vez com todos os membros da Academia. O sigilo é absoluto e jamais se soube de algum caso de quebra de segredo.
As cédulas são enviadas pelo correio e devolvidas à Academia em envelopes sem identifição do remetente. Já a apuração é feita por computador e colocada em envelopes lacrados, que são abertos apenas na noite da entrega do Oscar. Nem a Academia sabe de quantas estatuetas vai precisar.
(fonte: Webcinema)
Curiosidades
O filme Gandhi (1982) usou o maior número de figurantes já registrado na história do cinema: foram cerca de 300.000.

22 de jun. de 2011

ARTES

ARTES


Artes
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas. Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais didática.

Pré-história 
  • Paleolítico
  • Neolítico
Idade Antiga 
  • Arte Egípcia
  • Arte Grega
  • Arte Romana
  • Arte Paelocristã
  • Arte Bizantina
  • Arte Islâmica
Idade Média 
  • Arte Românica
  • Arte Gótica
Idade Moderna
  • Renascimento
  • Maneirismo
  • Barroco
  • Rococó
Idade Contemporânea

16 de mai. de 2011

Filmes e educação

Professor(a), que filme(s) você costuma usar em sala de aula?


Qual o tema / quais os temas trabalhado(s)?
  Compartilhe suas experiências e diga como o cinema tem lhe ajudado a tornar as aulas mais dinâmicas, proveitosas e agradáveis.


 Obrigado.


 Um abração a todos!

Algumas Sugestões:



  • 10 coisas que odeio em você: para falar sobre Shakespeare de uma forma mais leve com meus alunos.
  • Duelo de titãs: para conscientizar os alunos sobre a importância da união, quando todos têm um interesse em comum.
  • Conta comigo: para discutir o valor da amizade
  • A Corrente do bem: sobre a organização social, generosidade.
  • Crash: No Limite, para desenvolver a tolerancia, o respeito ao proximo, falar de preconceito, relaçoes sociais.
  • Ponte Para Terabítia: pra tratar de Bullying
  • Sem sentido: para falar de ética na ciência
  • Coach Carter – Treino para a Vida: qualidade de vida, disciplina, importancia do esporte.
  • À Procura da Felicidade: diferença entre emprego e carreira, superação e importancia da familia na constituiçao do carater
  • Procurando Nemo: para falar de conteúdo do 3º ano ou em turmas de primário
  • O Triunfo e Escritores da Liberdade: sobre o desafio de ser professor, tolerancia, dignidade, respeito...
  • Formiguinha Z: tecnologia, ecologia, relaçoes ecologicas, sociedade, respeito
  • O óleo de Lorenzo: sobre medicina, ciencia e tecnologia
  • GATTACA: em genética
  • A Língua das Mariposas: respeito aos mais velhos, incentivo a leitura, superação
  • A Era do gelo: idade antiga, evolução e luta pela sobrevivencia.
  • A ilha: etica na ciencia e genética
  • Click: qualidade de vida
  • A Fuga das Galinhas: sociologia, liderança
  •  Blade Runner e Eu, Robô: visão futurista de grande impacto, relaçoes entre tecnologia e humanidade.
  • ABC do Amor: discussão de sentimentos, importancia da familia, problemas na pré adolescencia
  • Cazuza- O Tempo Não Pára e Bicho de Sete Cabeças: para tratar de AIDS, adolescencia, respeito ao ser humano, drogas, diferenças sociais e tratamentos médicos.

 Filmes, em diferentes momentos e épocas.
Citei alguns , mas a lista eh bem maior... ia ficar chato se  citasse todossss, esses foram os que lembrei no momento. Acho os filmes um grande recurso na prática pedagógica.

  
Outros: Obrigado por não fumar; Osmose Jones; Uma verdade inconveniente ; Os Sem-Floresta; O Ultimo Samurai; Minha Vida; O dia depois de amanha; Amazônia em Chamas; Os Filhos do Silêncio; Nell; Quando um homem ama uma mulher; A Sociedade dos Poetas Mortos; Tainá; Ilha das Flores


Filme e educação

Perguntas e Respostas
Análise Critica do Filme





1. Por que um Projeto de Sociologia e Cinema ?

A sociologia é a disciplina da modernidade do capital que surgiu com capitalismo industrial. A sociologia crítica é a ciência social capaz de apreender as múltiplas determinações do ser social capitalista inscritas na narrativa fílmica. Com certeza, existem muitos projetos pedagógicos que buscam utilizar, como mero recurso ilustrativo, o filme para discutir temas das disciplinas de história, psicologia, filosofia, educação e direito. Entretanto, o Projeto Tela Crítica busca ir além do uso do filme apenas como mero recurso ilustrativo de temas sociológicos. Aliás, visa ir além do próprio objeto em si da investigação sociológica. Na verdade, trata o filme como pre-texto para a reflexão critico-sociológica no sentido amplo da palavra "sociologia", capaz de propiciar, um campo de experiencia critica voltado para o conhecimento verdadeiro da totalidade social. O Projeto Tela Crítica busca "dialogar" com elementos sociológicos sugeridos pelo filme. Ora, o filme reflete (e representa) uma totalidade social concreta, compondo um conjunto complexo de sugestões temáticas que podem ser apropriadas para uma reflexão critico-sociológica. Mesmo um drama psicológico ou um filme de terror, por exemplo, possuem, em última instância, elementos significativos que refletem (ou representam) determinadas traços da vida social concreta. Enfim, o Projeto Tela CRítica exige, de cada um de nós, imaginação sociológica. É através da análise critica do filme que podemos nos apropriar de sugestões temáticas e desenvolver determinadas refelxões histórico-sociológicas. Não compete ao filme explicar. O filme apenas sugere. É a teoria sociológica critica (e dialética) que é capaz de, a partir das "sugestões" do filme, contribuir para o conhecimento social. Entretanto, a teoria critica apenas nos sugere o ponto de partida. O itinerário de reflexão critica é o percurso essencial, inclusive desvelando novas determinações do objeto social. Não podemos meramente "aplicar" a teoria critica ao filme. A idéia é discutir a sociedade a partir do filme, mais do que discutir o filme a partir da sociologia.

2. Com o Projeto Tela Crítica, o sociólogo torna-se crítico de cinema?

O Projeto Tela Crítica não é um projeto de sociologia do cinema, mas sim de sociologia e cinema. Para nós, o filme é apenas um pré-texto para uma reflexão critica, totalizante e totalizadora, sobre a sociedade burguesa. É claro que, ao utilizarmos o filme no processo pedagógico, somos obrigados a passar pela instância do meio filmíco, isto é, a forma filmica e sua dimensão estética, mediação ineliminável da Sétima Arte. Entretanto, nossa proposta é irmos além da Tela, desenvolvendo discussões sociológicas a partir de eixos temáticos sugeridos pelo filme; desvelando, através da análise critico-dialética, categorias sociais e elementos reflexivos não necessariamente postos conscientemente pelo diretor ou roteirista do filme. Enfim, a verdadeira obra de arte é superior (no sentido de ir além) ao próprio criador, tanto no sentido ontológico, isto é, não existe a mera identidade sujeito-objeto, quanto no sentido epistemológico, ou seja, é capaz de propiciar sugestões heuristicas para além da intencionalidade do próprio criador. Todo filme possui uma dimensão estético-formal, que é objeto da teoria do cinema propriamente dita, e uma dimensão político-sociológica, que contém, implicitamente, traços e pistas essenciais compositivos da sociabilidade burguesa. Todo filme é, deste modo, tanto reflexo sociológico, quanto representação ideológica do mundo burguês. É claro que o reflexo sociológico pode estar mistificado, invertido ou obliterado pela representação ideológica. Por isso torna-se necessário a análise crítica. Por isso, chama-se Tela Crítica: quer dizer, ir além da Tela. O que significa que a análise crítica é também uma análise de desconstrução racional do objeto filmico, apreendendo e desenvolvendo de forma lógico-categorial suas sugestões temáticas. O operador da metodologia Tela Crítica precisa conhecer, se possível, as teorias do cinema, enfim, buscar dominar os meandros da Sétima Arte, isto é, conhecer a morfologia estética, a psicologia e a sociologia do cinema. Isto é, conhecer os elementos da forma do filme. Isto ajuda a aprimorar a análise critica do objeto filmico. Ou seja, dominar o meio é importante. Deste modo, a análise critica do filme pressupõe um momento de critica do cinema. Mas, é preciso ir além, senão ficaremos tão-somente na análise da forma do filme. Na verdade, temos a obrigação de desenvolver a problemática social sugerida pelo filme (uma totalidade social concreta com suas múltiplas instâncias sociais). É importante apreender os eixos temáticos (eixo temático principal e subtemas vinculados) e tratá-los a partir da teoria social crítica, mobilizando, deste modo, a sociologia, antropologia, psicologia, história e economia. É a teoria critica e seus elementos categoriais que contribuem para desenvolver e explicar, num primeiro momento, os elementos sugeridos pelo filme. Como a proposta do Projeto Tela Crítica é a análise social crítica, o melhor referencial teórico-analítico ou principio explicativo do mundo burguês é o marxismo dialético, aberto para as contribuições das ciencias sociais e dos clássicos sociológicos (Émile Durkheim e Max Weber, por exemplo) e da psicanálise (a psicanálise é a ciência crítica da subjetividade burguesa, apesar do viés biologicista ou psicologista do freudismo). Enfim, quanto mais ilustrado, no sentido cultural, e aberto, no sentido epistemológico, isto é, capaz de apreender as mais diversas contribuições da teoria social do século XIX e do século XX - psicologia/psicanálise, antropologia, história, filosofia, etc, mais o operador do Tela Crítica será capaz de apreender a riqueza dos elementos da totalidade social concreta pressupostas nos filmes.



3. Todos os filmes contribuem para a Tela Crítica?

Nem todos os filmes têm o mesmo valor heurístico. Num primeiro momento, é importante utilizar filmes clássicos, filmes de grandes diretores e de mestres-artesãos do cinema mundial. A grande Arte, a verdadeira arte realista, é pródiga. O cinema viveu tempos áureos no século XX, com sua capacidade de explicitar, de forma magistral, os nexos problemáticas da modernidade tardia do capital. Os clássicos do século XX foram W. Griffith, Charles Chaplin, Buster Keaton, Harold Lloyd, Frank Capra, Fritz Lang, William Wyler, John Huston, Stanley Kubrick, Federico Fellini, Luchino Visconti, Pier Paolo Pasolini, Vittorio De Sica, Roberto Rosselini, Ingmar Bergman, Eisenstein, Tarkovski, Jean-Luc Godard, Michelangelo Antonioni e muitos outros. É com os filmes clássicos e seus legitimos herdeiros estéticos contemporâneos que podemos tirar o melhor do Projeto Tela Crítica. Assiste-se hoje muito pouco aos clássicos do cinema e se esquece que a magia do cinema deve muito àqueles que conseguiram aprimorar a Sétima Arte no século XX. Quando dizemos aprimorar o cinema, dizemos não apenas aprimorar a capacidade técnica-formal, insuperável em nosso dias com os magistrais efeitos especiais, mas principalmente a capacidade estético-critica, que tende hoje a se degradar, tendo em vista roteiros banais e a lógica de mercado hegemônica que rebaixa as narrativas ao gosto comum das massas e à sua capacidade obtusa de entendimento. Entretanto, o Projeto Tela Crítica se utiliza muito dos filmes contemporâneos, capazes de explicitar temas sociológicos que tenham compromissos com a arte realista (o que implica o realismo em todas suas variantes estéticas, não desprezando, é claro, os generos ficção-científica ou o genero horror). Apesar dos clássicos serem indispensáveis e necessários, eles não são suficientes. Todo filme realista pode ser objeto de analise fílmica. Além disso, mesmo do "lixo" da indústria cultural é possível tirar sugestões criticas interessantes, capazes de desvelar, desfetichizar/desmitificar a lógica do sistema do capital e a sociabilidade do mundo burguês, pois é isso que interessa explicitar. Finalmente, uma das funções do Tela Crítica é criar uma nova sensibilidade estética, uma cultura filmica comprometida com os valores humanistas e com a consciencia critica do mundo burguês.



4. Por que o compromisso do Tela Crítica com a Critica Social?

Apenas a análise crítico-dialética é capaz de vislumbrar as determinações essenciais da totalidade social concreta, apreendendo a riqueza múltipla das sugestões heuristicas propiciadas pela narrativa fílmica, com seus detalhes interessantes sobre a sociabilidade burguesa. A dialética é a ciência da vida, nos disse Hegel. A arte imita a vida. Enfim, o cinema é a maior expressão (reflexo/representação) da vida moderna. Só uma análise dialética, materialista e histórica, comprometida com a crítica social, é capaz de vislumbrar a riqueza das múltiplas determinações que compõem a narrativa filmica da grande obra. O positivismo é infértil e medíocre. É incapaz de imaginação sociológica. Ele não consegue ir além da estrutura narrativa dada e cultiva meras ilações formalistas. É incapaz de apreender as contradições objetivas da estrutura social e seus reflexos dialéticos na trama artistica. É incapaz de tratar da totalidade concreta e da dialética entre a parte e o todo, individuo e sociedade, passado e presente. Enfim, a crítica social que está imbuída do compromisso prático-material com a “negação da negação”, é capaz de ver e apreender as contradições do real social e histórico e seus reflexos estéticos, tendo em vista que são elas, as contradições do todo social burguês, que nos permitem vislumbrar o para além do que é dado – pelo menos enquanto utopia (e possibilidade) concreta.



5. Como o Projeto Tela Crítica se diferencia de outrs projetos pedagógicos que utilizam o filme?

O filme tem sido utilizado como elemento de reflexão pedagógica em várias áreas de estudo acadêmico: historia, psicologia, psicanálise, filosofia, direito, etc. Na área de história e na área de educação existe uma larga reflexão sobre a utilização do filme em sala de aula ou do filme como objeto de pesquisa em educação. Na verdade, na área de educação o que existe não é propriamente análise de filme, mas investigação sobre o vínculo educação e cinema. É quase uma sociologia educacional do filme. O educador, ao elaborar a análise do filme, é obrigado a recorrer ao instrumental heurístico da sociologia, psicologia/psicanálise, antropologia ou historia. O mesmo ocorre com professores de direito, por exemplo, que utilizam o filme para uma reflexão sobre a prática jurídica. A análise do filme é um meio de reflexão sobre a prática profissional (no caso dos educadores, utiliza-se o filme nesse sentido – meio de reflexão da prática pedagógica). Inclusive, até professores de quimica têm utilizado o filme em sala de aula para tratar de contéudos da disciplina. Enfim, a segmentação das práticas pedagógicas que utilizam o filme é bastante interessante, pois demonstra ser o filme, a verdadeira "linguagem" universal. Entretanto, o filme utilizado por tais disciplinas não possui propriamente caráter heurístico. Ele não incita a investigação científica propriamente dita, mas apenas contribui para a validação (ou não) de determinados contéudos disciplinares ou práticas profissionais. O filme é utilizado como mera ilustração. A análise do filme não é um exercicio reflexivo em si, mobilizando categoriais de análise e principios explicativos. Para o Tela Crítica, o filme é uma totalidade social concreta in vitro, mediada, é claro, pelos elementos da representação ideológica que a constitui. É claro que, muitas vezes, o filme é objeto de investigação em si e não meio para uma reflexão disciplinar sobre o mundo sócio-histórico. É o que ocorre, por exemplo, com a sociologia do cinema. Entretanto, o Projeto Tela Crítica utiliza o filme de forma diferenciada. Ele é um projeto pedagógico no sentido latu do termo. Ele busca agir sobre (e com a) subjetividade das pessoas através da análise do filme. Busca dar vida ao conceito através da arte, antropomorfizando o que a ciência social desantropomorfizou. O filme incita (e excita) a reflexão critica.



6. Como o Projeto Tela Crítica trata as abordagens divergentes na análise de filmes?

É claro que existem múltiplas leituras de uma narrativa filmica. O que não quer dizer que todas as abordagens (ou análises) de filme tenham o mesmo valor heurístico, no sentido de apreender as determinações essenciais do todo concreto da obra filmica. Existem boas e más interpretações de filme. Algumas se detém nos elementos contingentes e não conseguem apreender os nexos essenciais sugeridos. Uma boa análise de filme possui coerência lógica interna, devendo sempre se basear em fatos narrativos e não em mera suposição subjetiva de quem analiza. Às vezes, um detalhe é importante, mas não é o essencial. O que não quer dizer que devemos desprezar os detalhes da narrativa. O que devemos é apreender os nexos essenciais da estrutura narrativa e seus temas significativos, capazes de serem desenvolvidos pela análise crítica. A melhor teoria explicativa do filme é aquela que consegue dar mais significados heuristicos ao maior número de elementos narrativos do filme.



7. Existe uma Metodologia de Análise de Filmes do Projeto Tela Crítica?

É possível discriminar os seguintes passos para uma análise crítica do filme: (1) assistir o filme, de preferência em cópias de ótima qualidade de imagem e som, buscando preservar os principais elementos da forma filmica. Não podemos nos esquecer que cinema é imagem e som em movimento. É importante garantir tela grande e ótima qualidade de exibição, elementos capazes de envolver, no plano subjetivo, o público. O primeiro impacto emocional do filme é decisivo. O filme que consegue mobilizar a inteligencia emocional do público é aquele capaz de contribuir para o projeto do cinema como experiencia crítica. A exibição é o primeiro momento da catarse analítico-critica, que é a proposta do projeto pedagógico Tela Crítica; (2) apreender a estrutura narrativa e seus elementos primários e secundários. É importante desconstruir a narrativa filmica, com seus múltiplos personagens e situações-chaves. O rigor analítico e a precisão de detalhes é decisiva; (3) discriminar o eixo temático principal e os temas significativos primários e secundários sugeridos pelo filme, ou seja, seus eixos temáticos principais e de segunda ordem. É a partir daí que podemos refletir, de forma crítica, sobre o filme. E finalmente, a análise do filme a partir deste desenvolvimento teórico-categorial. E mais: o desenvolvimento categorial para além do filme, remetendo a outros filmes do gênero. Podemos, deste modo, discriminar um movimento de ida: a análise teórico-categorial se apropria do filme. Mas o verdadeiro desafio é provocar o movimento de volta: a obra filmica contribuindo para o desenvolvimento teórico-categorial. O que exige estudo do objeto sociológico sugerido pelo filme e o desenvolvimento de seu conteúdo. É o momento da síntese conceitual.



8. Onde utilizar a Metodologia de Analise de Filme Tela Critica?

Pode ser utilizada em escolas de ensino médio e ensino superior com a devida adaptação, pois deve-se levar em consideração o grau cognitivo do público-receptor. Além disso, é um instrumento precioso nas atividades de formação política e social (em geral, sindicatos e partidos têm desprezado o uso do filme na pedagogia politica). A análise do filme pressupõe sujeitos de recepção ativos e dispostos a uma experiência crítica. Não é meramente “colar” a ideologia no filme, mas utilizar a obra de arte para desenvolver uma consciência crítica. Deste modo, o Projeto Tela Crítica é incompatível com a análise dogmático-sectária. Algumas vezes, a utilização do filme como mera ilustração de conteúdo dado em sala de aula possui certo viés dogmático. O Projeto Tela Critica se propõe a fazer o caminho inverso da indústria cultural que quer tão-somente entreter o público - o importante é fazê-los sentir e refletir.



9. Como deve atuar o operador da Metodologia Tela Crítica?

O operador do Tela Crítica deve atuar como facilitador ou mediador da prática reflexiva, procurando evitar a dispersão que é comum numa análise de filme. O operador deve instigar o estudo prévio dos elementos teórico-analíticos e seu arcabouço teórico-categorial. Análise de filme é dificil, pois além do dominio criativo da teoria sociológica explicativa, exige imaginação sociológica. Não basta a teoria, é preciso, muitas vezes, ir além dela, re-criando-a. O maior perigo da análise do filme é o subjetivismo. Deve-se “cruzar” as interpretações e buscar, no interior da estrutura narrativa, seu sentido imanente. É de fundamental importância a capacitação teórico-analitica do operador da metodologia Tela Crítica. Aliás, sem a capacitação teórico-analítica não existe análise critica. Como destacamos no ensaio “A hermenêutica do filme”, o papel do sujeito-receptor é deveras importante. É ele que apreende os significados imanentes da obra filmica. Mas a apreensão critica exige um público qualificado. Um operador Tela Crítica deve saber utilizar o meio narrativo para educar o público sobre o significado concreta de categorias da dialética social. Uma categoria social é uma forma de ser, isto é, uma determinação da existência. Esta é a função pedagógica do Projeto Tela Crítica. Parafraseando Picasso poderíamos dizer que o filme é uma mentira, mas uma mentira que nos ensina a verdade. Mas para isso precisamos estar abertos à apreender a verdade sociológica através da análise dialética. É interessante o confronto de análises de filme, pois é através deste confronto analítico que a dialética materialista demonstra sua superioridade heurística em relação às demais abordagens sociológica ou psicológica.

O cinema na sala de aula

O cinema na sala de aula

Estratégias de trabalho com filmes em sala de aula




A utilização de filmes em sala de aula depreende etapas prévias a apresentação da produção como já pudemos verificar em outros artigos e também elementos que permitam a utilização dos conteúdos e referências demonstrados a partir da película em trabalhos e avaliações. O elemento mais importante está relacionado, no entanto, a aplicação do filme durante as aulas, ou seja, como o professor pode orientar a ação dos alunos para que os melhores resultados possíveis possam ser atingidos.


Você não precisa estar no cinema mas pode criar um  clima de
cinema que seja favorável ao trabalho com  os filmes.
 (Na foto, sala de cinema apresentando seqüência  do clássico filme
“Casablanca”, estrelado por Humphrey Bogart).


Nesse sentido cabe, novamente, a recomendação de um planejamento prévio através do qual o educador tenha clareza quanto aos objetivos relativos à utilização do filme; se a produção será utilizada na íntegra ou apenas alguns trechos da mesma (e quais seriam, nesse caso as seqüências selecionadas); qual a relação entre o filme e os conteúdos que estão sendo trabalhados em sala de aula; que elementos principais devem ser destacados antes, durante e depois da apresentação da película; e, obviamente, as atividades que serão realizadas em função da utilização do filme em correlação de forças com as aulas sobre os temas trabalhados na produção, os materiais didáticos de apoio ao curso além de outros referenciais que eventualmente sejam pedidos ou sugeridos como ponto de apoio para as discussões e projetos fomentados.

 Pensando nisso, os próximos passos relativos à utilização de filmes em sala de aula descritos nesse artigo referem-se à estruturação das aulas quanto às estratégias e metodologias que farão parte das aulas. O que se quer, a princípio, é que as aulas sejam dinâmicas e atraentes para os estudantes. Para que isso ocorra é necessário que se organizem atividades que façam com que o educando participe ativamente dos procedimentos. Trabalhar com pequenos grupos e em situações de simulação da realidade são quesitos importantes para que os filmes possam ser discutidos e gerem produção escrita.

 Associar os filmes a recursos adicionais às aulas, como 
artigos de jornais, revistas, materiais obtidos na internet,
leitura de livros paradidáticos, música ou literatura
reforça ainda mais o trabalho de conteúdos na escola
(Na foto, “Frankenstein”, com Robert De Niro, baseado
na clássica obra literária de mesmo nome da inglesa Mary Shelley).



Os filmes também podem e devem ser utilizados para o exame
de questões sociais. Esse trabalho deve inclusive levar os professores
a discutir os temas a partir da noção de mundo dos alunos,
estimulando uma participação mais ativa dos mesmos nos
estudos. (Na foto, seqüência do filme “Dois filhos de Francisco”,
produção nacional de grande repercussão entre o público e a crítica).


Organização é outra palavra fundamental quando pretendemos trabalhar com grupos de estudantes; todos os detalhes de encaminhamento das atividades têm que ser apresentados antecipadamente para os estudantes. Aulas expositivas são importantes antes de o filme ser apresentado ou logo depois da amostragem dos mesmos.

Aulas expositivas que são apresentadas antes do uso dos filmes têm o propósito de traçar um panorama geral do tema que está sendo estudado. Através dessa prévia dos conteúdos apresentados em aula o educando tem condições de comparar textos utilizados, informações disponibilizadas pelos professores, artigos de revistas especializadas, referências de jornais ou revistas de grande circulação com os filmes.


O professor tem que assumir o compromisso de disponibilizar os recursos e mobilizar os alunos não apenas através de seminários, centralizando as ações, mas também, atribuindo responsabilidades e mobilizando os alunos através de atividades que se desenvolvam durante suas aulas que antecedem o uso dos filmes.


Quando os filmes antecedem as aulas expositivas, a função do uso das películas é diferenciada em relação ao caso anteriormente apresentado. Os filmes são utilizados como recurso de chamamento dos educandos ao tema, têm o propósito de despertá-los para os temas em questão, introduzem o assunto em aulas.


Mesmo nesse caso torna-se necessário que os professores procurem orientar as atividades no tocante ao filme, indicando caminhos, lançando questionamentos antes da apresentação do filme, pedindo maior atenção quanto a determinados aspectos da história representada ou intercedendo nos momentos que considere apropriados (se necessário, parando a apresentação do filme em vídeo ou DVD).


Não é recomendável que os estudantes façam anotações durante a apresentação do filme, isso dispersa a atenção dos mesmos para os detalhes da trama, do cenário, dos figurinos e de outros elementos representativos que podem ser utilizados pelo professor em suas atividades posteriores.

As aulas expositivas que transcorrerem depois da apresentação devem ser utilizadas para referendar os pontos importantes disponibilizados pelo filme, aprofundar o assunto e introduzir idéias que tenham passado despercebidas, sem que tenham sido mencionadas; novamente, cabe ao professor utilizar os recursos complementares para que suas aulas sejam elucidativas, interessantes e para que a atenção e a participação dos educandos seja contínua.

Se o professor considerar necessário os trechos mais importantes podem ser apresentados mais vezes, depois que as discussões e debates, assim como a redação sobre o material fílmico, já estiverem em curso durante as aulas.

A proposta de trabalho em pequenos grupos tem o objetivo de fazer com que os educandos troquem idéias entre si, despertem uns nos outros a atenção quanto a aspectos que não foram percebidos, discutam questões propostas pelo professor e escrevam sobre o que viram.

Sempre trabalhe filmes que estejam associados aos conteúdos
escolares que estão previstos em seu planejamento e,
de preferência, defina a utilização de produções cinematográficas
no início do ano, como parte dos recursos e referenciais previstos
em sua programação. (Na foto, seqüência de “A Lista de Schindler”,
de Steven Spielberg).

A idéia de simulações como proposta de ação nas aulas depois da apresentação do filme tem o propósito de aproximar os temas apresentados nos filmes da realidade vivida pelos alunos, tornando o assunto em questão ainda mais pulsante e vivo para os mesmos. Ambientar as aulas em situações como uma redação de jornal, uma estação de rádio, uma organização não-governamental ou uma secretaria de governo pode estimular os estudantes e fazer com que o resultado final dos trabalhos seja ainda mais interessante.