Matemática com Petit Gateau
- 3 ovos
- 2 gemas
- 100 g de açúcar
- 200 g de chocolate meio amargo
- 100 g de manteiga
- 70 g de farinha de trigo peneirada
- Manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar as forminhas (usamos forminhas para empadas grandes). Acompanhar com sorvete de creme.
Bata os ovos na batedeira com as gemas e o açúcar, até obter uma massa firme e clara. Reserve. Derreta o chocolate com a manteiga em banho-maria ou no microondas. Incorpore a farinha de trigo (ao chocolate derretido) e adicione os ovos batidos e mexa bem com uma espátula até obter uma massa homogênea. Coloque em forminhas individuais (bem untadas e levemente polvilhadas com farinha de trigo) e deixe descansar na geladeira por uma hora. Pré-aqueça o forno a 200 graus e asse por cerca de 6 minutos. Tire da fôrma e sirva quente, acompanhado de sorvete. O bolinho fica com a borda firme e guarda um delicioso recheio de chocolate cremoso.
Ingredientes? Quais? Quanto de cada um?
Reunimo-nos, Otavio, Sofia e eu para fazer o Petit-Gateau. Como já havíamos testado que podíamos guardar as forminhas no freezer com a massa crua e colocá-las para assar ainda congeladas, por um tempo de 12-13 minutos, e o resultado foi bom, resolvemos fazer a receita dobrada, mas tínhamos que planejar tudo o que seria necessário:
6 ovos, 4 gemas, 200 g de açúcar, 400 g de chocolate, 200 g de manteiga, 140 g de farinha.
Antes de iniciarmos a ação, ainda fizemos combinados e lavamos as mãos. Resolvemos que seria a vez do Otavio bater os ovos, já que da outra vez tinha sido a Sofia. Otavio ofereceu a sua vez para a Sofia, demonstrando que era uma pessoa gentil (na última receita acabaram brigando para ver quem batia e disse ao Otavio que era bom valor sermos gentis e oferecer a vez).
Resultado final? Uma sobremesa deliciosa, o Petit Gateau.
O resultado foi um delicioso bolinho. Na hora de tirar da fôrma ficou um pouco grudado no fundo e o recheio vazou, mas ficou gostoso e comemos mesmo assim. Acertamos que deveríamos assar um tempinho a mais e caprichar mais quando untássemos com a manteiga.
De muitas dúvidas metodológicas que surgem de uma prática como essa e que mereceriam uma reflexão teórica coloco apenas uma:
Em certa medida, a matemática não será uma ferramenta humana, tal como uma batedeira de bolo ou o computador que uso e a enorme teia que nos propicia a comunicação? Por que a pedagogia escolar suprime do ensino a vivência do propósito dessas ferramentas, não sendo dado às crianças compreender claramente o porquê de seu uso e seu significado como ferramenta humana?
Será que aprenderíamos a operar a batedeira se não fosse para bater um bolo?
Que projeto de investigação pode nos ajudar a ter essas respostas?
No ensino da matemática, é preciso entender que ela é uma ferramenta distinta. Ensinar as operações matemáticas como se ensina a operar a batedeira é matar essa mediação que a matemática é capaz de fazer. As operações matemáticas, de algum modo, podem mediar a nossa compreensão do mundo que nos cerca. É preciso saber ver o que está por trás de cada signo, para que realmente se aprenda matemática.
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