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28 de ago. de 2010

EDUCAR (lll)

SABOROSA E AMARGA ARTE DE MUDAR

É indiscutível e, quem sabe, até mesmo desnecessário, afirmar que estamos vivendo num mundo em contínua e hiperacelerada transfor­mação. Sobreviverão, daqui para frente, não os mais fortes e poderosos, mas aqueles que aprenderem e assimilarem a saborosa e, por que não, amarga arte de MUDAR.

Especialistas em megatendências afirmam que o conhecimento parece que já está vindo com data marcada para "caducar" e que 80% das tecnologias usadas por nós nos dias atuais, estarão, inevitavelmente, obsoletas nos próximos 10 anos.

Em tal contexto, estamos convencidos, em primeiro lugar de que não podemos abri mão, absolutamente, de possibilitar a eficiência e a eficácia da qualidade do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos cur­riculares, imprescindíveis para que os nossos estudantes participem, com segurança, competência e sucesso das avaliações nacionais de ensino, dos “benditos?” concursos vestibulares dos mais diferentes e discutíveis níveis de concorrência, assim como dos processos avaliativos que os habilitarão, para assumirem, num futuro bem próximo, as mais diferentes profissões em nossa sociedade.

Contudo, em segundo lugar, toma-se também imprescindível, que nossas instituições educacionais possibilitem e comprometam-se com um processo educacional que, de fato, promova a formação de seres humanos inquietos e íntegros, pessoas que atuem positivamente em favor da construção efetiva de uma sociedade onde todos e todas possam viver plenamente a, dignidade humana, para a qual foram chamadas.

Utopia? Sim, utopia! Afinal, o que poderia dar mais sentido à nossa desafiadora, dolorosa e sublime missão de educar, senão a certeza de que há algo mais (um horizonte ou uma estrela cadente!), para ilumi­nar e alimentar nosso "que fazer" cotidiano?

Nossa instituição escolheu, nos últimos anos, o seguinte temário para ser contemplado e vivenciado entre os estudantes e seus professores e familiares, em todas as atividades curriculares e nos vários projetos inter e multidisciplinares: aprendendo a CUIDAR, por um lado, de si, do outro, do mundo e do sentido de viver e, por outro, apren­dendo a CUIDAR DA PAZ consigo, com os outros, com o mundo e com a Vida.

O tema é extremamente atual, desafiador e exige coragem para assumí-lo no Cotidiano das escolas. Afinal, percebemos que, apesar do mais alto nível de desenvolvimento tecnológico a que chegamos, nós, seres humanos, ainda não alcançamos os patamares básicos da con­vivência humana, cidadã, ética e ecológica. Daí, o crescente e vertigi­noso índice de violência ao qual somos, cotidianamente, submetidos. Contudo, hoje, mais do que nunca, precisamos assumir que EDUCAR é, sobretudo, OUSAR, corajosamente, em busca de novos paradigmas que norteiem nossa práxis educativa. Afinal, haverá sempre uma nova luz para tocar e iluminar a todos e todas. Basta, num gesto de fé, deixar-se guiar por tal LUZ e desarmar­-se! Assim, a luz tocará todo o nosso ser através de meigos olhares, de palavras simples, de gestos nobres e, até mesmo, da maestria dos ensinamentos do silêncio!

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