FACULDADE SUMARÉ
CLAUDIA FERNANDA DE
MELLO
TURMA B1-NM
Pedagogia Hospitalar
São Paulo
2013
CLAUDIA FERNANDA DE
MELLO
TURMA B1-NM
Pedagogia Hospitalar
Trabalho final apresentado como relatório final para a obtenção de
nota do curso de Pedagogia, na disciplina PPI- Prática Profissional
Interdisciplinar, realizado pela Faculdade Sumaré, sobre a orientação da
Professora Lilianne Magalhães.
São Paulo
2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
|
4
|
1.
ARTIGOS PESQUISADOS
|
5
|
1.1 Capes
|
5
|
1.2 Scielo
|
5
|
2.
FICHAMENTO
|
6
|
2.1 Ficha 1
|
6
|
2.2 Ficha 2
|
10
|
3.
RESUMO COLETIVO
|
15
|
4.
RESENHAS
|
18
|
4.1 Resenha do filme "Como
Estrelas na Terra, toda criança é especial"
|
18
|
4.2 Resenha e comentários do livro:. Comunicação tem remédio– A
comunicação nas relações interpessoais em saúde.
|
19
|
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
|
21
|
INTRODUÇÃO
Este trabalho inicialmente foi
desenvolvido em um grupo de 5 (cinco) pessoas,
com objetivo de mostrar à
disciplina PPI- Prática Profissional Interdisciplinar o fichamento e resumo de obras que falam sobre o tema
pedagogia hospitalar.
O tema
pesquisado foi Pedagogia Hospitalar que vem sendo absorvida pelos educadores
como uma nova visão de ensinar, dando uma chance a mais aquelas crianças
afastadas de suas rotinas escolares em busca de saúde, essa pedagogia é uma
modalidade de ensino da Educação que visa a ação integrada do educador no
ambiente hospitalar, onde possibilita a criança hospitalizada uma oportunidade
de estudar e de atendimento escolar diferenciado e especializado. Com isso,
cabe a classe hospitalar buscar alternativas e métodos qualificados que
possibilitem aos pacientes usufruírem de abordagens educativas por um
determinado espaço de tempo.
1.
ARTIGOS PESQUISADOS
1.1 Capes
A escuta
pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da educação no hospital.
Autora Rejane de S. Fontes.
1.2 Scielo
Laboratório
on-line de aprendizagem: uma experiência de aprendizagem colaborativa por meio
do ambiente virtual de aprendizagem. Autora Patrícia Lupion Torres.
2. FICHAMENTOS
2.1 Ficha
1
Assunto: Pedagogia Hospitalar
|
Referência Bibliográfica: FONTES, Rejane de S. A escuta pedagógica à criança
hospitalizada: discutindo o
papel da educação no hospital. Revista
Brasileira de Educação, p.119-138, 2005.
|
Texto da Ficha:
p. 119: “A identidade de ser
criança é, muitas vezes, diluída numa situação de internação, em que a
criança se vê numa realidade diferente da sua vida cotidiana. O papel de ser
criança é sufocado pelas rotinas e práticas hospitalares que tratam a criança
como paciente, como aquele que inspira e necessita de cuidados médicos, que
precisa ficar imobilizado e que parece alheio aos acontecimentos ao seu redor”.
p. 120: “altos índices de evasão e
atraso escolar das crianças e adolescentes que permaneciam hospitalizados
durante um determinado período de suas vidas”.
p. 120: “Esses objetivos buscavam
não só compreender a contribuição da educação, ao operar com processos de
conhecimento afetivos e cognitivos no resgate da saúde da criança
hospitalizada, como também definir o espaço de atuação do professor, muitas
vezes confundido com o do psicólogo, na estrutura hospitalar”.
p.
121: “defende a presença de professores em hospitais para a escolarização
das crianças e jovens internados segundo os moldes da escola regular,
contribuindo para a diminuição do fracasso escolar e dos elevados índices de
evasão e repetência que acometem freqüentemente essa clientela em nosso país”.
p. 121: “construção de uma prática
pedagógica com características próprias do contexto, tempos e espaços
hospitalares e não simplesmente transplantada da escola para o hospital [...]
o conhecimento pode contribuir para o bem-estar físico, psíquico e emocional
da criança enferma, mas não necessariamente o conhecimento curricular
ensinado no espaço escolar”.
p.
122: “forma lúdica, a hospitalização como um campo de conhecimento a ser
explorado. Ao conhecer e desmitificar o ambiente hospitalar, res-significando
suas práticas e rotinas como uma das propostas de atendimento pedagógico em
hospital, o medo da criança, que paralisa as ações e cria resistência, tende a
desaparecer, surgindo, em seu lugar, a intimidade”.
p.
123: “os conteúdos poderão ser elaborados pelo próprio professor, de acordo
com o nível de conhecimento e aprendizagem identificado na criança
hospitalizada”.
p.
123: “não existe um curso, reconhecido pelo MEC, voltado para esse tipo de
profissionalização [...] Precisamos garantir maiores e melhores condições de
acompanhamento pedagógico-educacional à clientela infanto-juvenil internada,
o que certamente virá com a formação específica de profissionais nessa área
de conhecimento”.
p.
123: “O ofício do professor no hospital apresenta diversas interfaces
(política, pedagógica, psicológica, social, ideológica), mas nenhuma delas é
tão constante quanto a da disponibilidade de estar com o outro e para
o outro”.
p.
124: “ao trazer a marca da construção do conhecimento sobre aquele espaço,
aquela rotina, as informações médicas ou aquela doença, de forma lúdica e, ao
mesmo tempo, didática [...] não é uma escuta sem eco. É uma escuta da qual
brota o diálogo, que é a base de toda a educação”.
p.
126: “a aprendizagem está pautada na interação do indivíduo com o meio no
qual está inserido”.
p.
126: “Quando privadas da interação com seu grupo social, crianças
portadoras, ainda que momentaneamente, de necessidades especiais (como é o
caso das crianças hospitalizadas) são impedidas de ter acesso à construção de
conhecimentos e de constituir sua própria subjetividade”.
p.
129: “diário de campo. Por meio desse procedimento, que consiste no registro
escrito das ações vivenciadas e intenções captadas no cotidiano do espaço
investigativo, o pesquisador possui um arquivo quase fidedigno de informações
que o auxiliarão na análise dos acontecimentos que atravessam o trabalho de
pesquisa em campo”.
p.
133: “O papel da escuta pedagógica aparece como a oportunidade de a criança
se expressar verbalmente, e também como a possibilidade da troca de
informações, dentro de um diálogo pedagógico contínuo e afetuoso”.
p.
133: “A escuta pedagógica parece ser o caminho a ser trilhado, pois marca o
diálogo não somente como a forma da criança expressar seus sentimentos, mas
também organizar suas idéias a partir da linguagem”.
p.
133. “alerta-nos que o desenvolvimento da inteligência não se dá
isoladamente no interior de organismos individuais, mas está vinculado ao
desenvolvimento global do ser humano – social, biológico e afetivo, em todas
as etapas de sua vida”.
p. 134. “quando o
paciente em questão é uma criança e quando a causa de internação, além de ser
alguma debilidade física,
traz a marca da discriminação socioeconômica de nossa sociedade e, por essa
razão, acaba tornando-se crônica, prejudicando uma das etapas mais
importantes da vida: a infância”.
p. 134. “A criança
hospitalizada não deixa de ser criança por se tornar paciente. Ela
caracteriza-se por intensa atividade emocional, movimento e curiosidade. A
educação no hospital precisa garantir a essa criança o direito a uma infância
saudável, ainda que associada à doença”.
p. 134. “O trabalho
pedagógico em hospital não possui uma única forma de acontecer. O professor
tem de se reconhecer como pesquisador do seu fazer, buscando novas respostas
para eternas novas perguntas”.
p. 135. “não há forma de
se dirigir à inteligência da criança, sem se dirigir à criança no seu todo”.
Essa é a proposta da pedagogia hospitalar quando trabalha o sujeito por
inteiro e historicamente
situado”.
p. 135. “o professor
trabalha com a emoção e a linguagem, buscando resgatar, através da escuta
pedagógica e dialógica, a autoestima da criança hospitalizada, muitas vezes
suprimida pela enfermidade e pelo sentimento de impotência que pode estar
sendo alimentado pela família e pela equipe de saúde”.
p. 135. “Como
professores, também temos de saber lidar com nossas emoções para lidar com as
emoções do outro. Temos de respeitar a tristeza e o silêncio da criança
hospitalizada. Daí a concepção e a prática de uma escuta pedagógica e de uma
educação da emoção, ampliando o conceito de educação atualmente difundido”.
p. 136. “Como referência
à escola, o professor pode tornar-se a ponte, através da realização de
atividades pedagógicas e recreativas, com um mundo saudável (a escola) que é
levado, pelas próprias crianças, para o interior do hospital como
continuidade dos laços de aprendizagem e de vida”.
p. 136. “Enxergar e
acreditar na criança enferma, assim como em qualquer criança, é um primeiro
passo para compreendê-la, respeitá-la e auxiliá-la em seu processo de
desenvolvimento, porque “a criança não sabe senão viver sua infância".
Conhecê-la pertence ao adulto”.
|
Comentários sobre a obra:
Este artigo
refere-se a uma pesquisa realizada em uma enfermaria hospitalar pediátrica.
Num primeiro
momento a autora nos mostra como a criança hospitalizada sofre com o atraso
escolar e a falta de ser criança. Ela busca compreender a contribuição que o
professor pode dar à saúde da criança. O pedagogo precisa montar um método de
ensino para aplicar dentro do hospital, de uma forma lúdica eles conseguem
aos poucos tirar o medo e a resistência que têm estas crianças.
Num segundo
momento ela diz que este processo de ensino precisa ser compartilhado entre o
pedagogo e a criança, precisa de diálogo e escuta, pois assim, fica mais
fácil traçar este caminho. Através da escuta pedagógica a criança se expressa
verbalmente e consegue organizar suas idéias.
Num terceiro
momento a autora conclui que o pedagogo hospitalar precisa ser um pesquisador
do seu fazer, procurando sempre novas respostas para as perguntas que serão
eternas neste campo da pedagogia. A
criança precisa ser trabalhada como um todo, esta precisa saber do seu estado
de saúde e o ambiente hospitalar, pois isto pode ser positivo em relação à
emoção e contribuindo assim para o seu bem-estar físico e psicológico.
A escuta
pedagógica é uma educação de emoção, o pedagogo precisa compreendê-la,
respeitá-la e auxiliá-la em seu desenvolvimento.
|
Localização da Obra: Disponível em: http://periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_pmetabusca&mn=88&smn=88&type=m&metalib=aHR0cDovL2NhcGVzLW1ldGFsaWJwbHVzLmhvc3RlZC5leGxpYnJpc2dyb3VwLmNvbS9wcmltb19saWJyYXJ5L2xpYndlYi9hY3Rpb24vc2VhcmNoLmRvP2RzY250PTAmZnJiZz0mc2NwLnNjcHM9cHJpbW9fY2VudHJhbF9tdWx0aXBsZV9mZSZ0YWI9ZGVmYXVsdF90YWImY3Q9c2VhcmNoJm1vZGU9QmFzaWMmZHVtPXRydWUmaW5keD0xJmZuPXNlYXJjaCZ2aWQ9Q0FQRVM%3D&buscaRapidaTermo=pedagogia+hospital&x=-560&y=-228.
Acessado em 28 de abril de 2013.
|
2.2 Ficha 2
Assunto: Pedagogia Hospitalar
|
Referência Bibliográfica: TORRES, Patrícia
Lupion Torres. Laboratório on-line de aprendizagem: uma experiência de
aprendizagem colaborativa por meio do ambiente virtual de aprendizagem
Eurek@Kids. Cad. CEDES, Campinas,
v. 27, n.73, set/ dez, 2007.
|
Texto da Ficha:
p.336: “A
possibilidade de integração e interação da criança hospitalizada com colegas,
professores, familiares e outros profissionais envolvidos em seu atendimento
e acompanhamento pode modificar a experiência de hospitalização, amenizando
os efeitos negativos que o ambiente hospitalar muitas vezes provoca nos
jovens pacientes”.
p.336: “ A inserção em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) pode ser
uma das possibilidades de resposta para a interação das crianças
hospitalizadas, já que tal ferramenta permite a promoção da interação entre
os diversos atores envolvidos no processo de escolarização de crianças e
adolescentes hospitalizados”.
p.337: “apresenta o ambiente virtual de aprendizagem Eurek@Kids e uma proposta
metodológica de aprendizagem colaborativa para crianças hospitalizadas”.
p.338: “é de fundamental importância que a universidade transforme
rapidamente os novos conhecimentos que a ciência e a tecnologia produzem em
soluções para a escolarização daqueles pacientes”.
p.338: “ nasce, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUCPR), o Eurek@Kids, ambiente virtual de aprendizagem, como fruto de um trabalho de
pesquisa de professores e alunos do Programa de Pós Graduação em Educação que
a referida instituição oferece à comunidade em geral”.
p.339: “O ambiente virtual Eurek@Kids
permite a interação e a exploração de diversas
possibilidades de aprendizagem decorrentes de formas diferenciadas de
comunicação: a de um para um, a de um para muitos e a de muitos para muitos”.
p.339: “A aprendizagem colaborativa pode ser definida como uma
metodologia de aprendizagem, na qual, por meio do trabalho em grupo e pela
troca entre os pares, as pessoas envolvidas no processo aprendem juntas”.
p.440: “A colaboração
designa atividades de grupo que pretendem um objetivo em comum, implicando a
regularidade da troca, o trabalho em conjunto, a constância da coordenação”.
p.441: “pode-se afirmar
que na metodologia colaborativa: a aprendizagem é um processo ativo que se dá
pela construção colaborativa entre os pares; os papéis do grupo são definidos
pelo próprio grupo; a autoridade é compartilhada; o professor é um
facilitador, um parceiro da comunidade de aprendizagem; ocorre a
centralização da responsabilidade da aprendizagem no aluno, existe a
co-responsabilidade pelo processo de aprendizagem do colega”.
p.442: “Embora sejam
muitas as instituições que desenvolvem programas educacionais por meio de
ambientes virtuais de aprendizagem, bem como utilizam recursos tecnológicos
para “entregar” a informação ao discente, poucas inovam na criação de
abordagens educacionais que promovam a produção de conhecimento e menos ainda
inovam, trabalhando com tal ferramenta em ambiente hospitalar”.
p.443: “o processo educativo
em ambiente escolar poderia ser aperfeiçoado graças a um ambiente pedagógico
qualitativamente novo, combinado a equipamentos, programas, métodos e meios
tecnológicos renovados”.
p.443: “muitas das
propostas existentes enquadram-se, em termos de modelos pedagógicos, em
concepções tradicionais de ensino, na reprodução do conhecimento: é a
educação bancária, descrita por Freire (1975, 1999) […] do Laboratório
On-line de Aprendizagem (LOLA), por meio do ambiente virtual Eurek@Kids, fundamenta-se na interação
e no diálogo. Aprender significa construir coletivamente o conhecimento, a
partir de uma atitude crítica, problematizadora e questionadora, e ensinar
significa animar, orientar, propor, a fim de fomentar a discussão entre
pares”.
p.444: “as atividades do
LOLA que organizam, sistematizam, dinamizam e, consequentemente, dão sentido
à ação do grupo. E é por meio da gestão das atividades que seus membros
exercitam a democracia do consenso”.
p.445: “A cada nova
leitura feita por um outro elemento da turma o texto pode receber novos
comentários”.
p.446: “o aluno tem
liberdade para escolher que perguntas ele responderá, porém, deve
obrigatoriamente respondê-las na quantidade mínima estabelecida”.
p.448: “Na atividade
individual, eles seguem seu próprio critério tanto para a escolha das
perguntas, quanto para o conteúdo, a complexidade e a extensão da resposta.
Já na atividade em grupo, faz-se necessário negociar para se chegar a um
consenso sobre as possibilidades de escolha, desenvolvendo, assim, habilidades
de convívio social”.
|
Comentários sobre a obra:
A
autora busca informar nessa obra, uma das diversas soluções para o desafio
metodológico na pedagogia hospitalar, na qual somente ultrapassando
paradigmas existentes na educação tradicionalista e individualista, poderá
solucionar essa dificuldade da educação nos hospitais.
A
solução que a autora se refere na obra, que tem
como objetivo socializar a aprendizagem e a construção do saber em um grupo,
é a utilização do ambiente virtual nos hospitais para crianças
hospitalizadas, onde implicará uma maior exploração dos recursos de mediação
tecnológica, e disponíveis no ambiente virtual.
São diversos os ambientes virtuais, mas o
escolhido pela autora e pesquisado pela mesma é o Eurek@Kids, onde irá auxiliar na neutralização do distanciamento físico e temporal existentes
entre aprendizes hospitalizados, onde os mesmos irão se integrar no universo
virtual, e se aproximar dos diversos atores do processo de
ensino-aprendizagem pelo amparo proporcionado à comunicação pedagógica,
inicialmente a utilização dessa ferramenta de ensino irá proporcionar a
autonomia dessa criança ao realizarem atividades individuais, e quando
tiverem familiarizados irão interagir em grupo, onde irão construir um saber
autonomamente, já que o professor não interfere nas decisões do grupo de modo
restritivo.
|
Localização da Obra: Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622007000300006&lng=pt&nrm=iso.
Acessado em 29 de abril de 2013.
|
3.
RESUMO
Em breve
pesquisa realizada foi localizado quatro (4) textos interessantes que falam
sobre o tema: pedagogia hospitalar. A partir do primeiro contato com estas
obras selecionamos dois (2) destes textos para nos aprofundarmos na leitura. A
seguir mostraremos do que se trata cada texto mostrando suas contribuições para
o tema.
O
primeiro capítulo mostra a autoria e as obras dos textos pesquisados, o segundo
capítulo já mostra os fichamentos dos mesmos e agora no terceiro capítulo o resumo dos textos em questão.
No texto
de autoria de FONTES, intitulado “A escuta pedagógica à criança hospitalizada:
discutindo o papel da educação no hospital” a autora nos leva a ver a
importância do Pedagogo no ambiente hospitalar, uma vez que a prática
pedagógica pode contribuir para o bem-estar físico, psíquico e emocional da
criança. Nem sempre é necessário foco no currículo escolar, o ensinar nos
hospitais, tem que ser feito de acordo com a realidade e com as necessidades do
enfermo, com foco sempre na recuperação da saúde da criança. Ou seja, a
escolarização não deve ser excluída, mas, deve ser colocada sob uma nova
dinâmica educativa, visando sempre, o ambiente em que aquela criança estava
inserida antes da hospitalização, e a realidade de sua enfermidade. Para a
criança hospitalizada a escolarização surge como uma nova perspectiva, pois o
desejo de aprender⁄ conhecer, desperta o desejo de viver no ser humano. O
artigo também nos mostra que para a criança é muito importante conhecer a
doença e entender suas consequências, não só a sua, mas a de seus companheiros,
onde discutindo junto com o pedagogo, acaba surgindo uma estabilidade emocional
perante as enfermidades. Fontes também
mostra que:
“A criança hospitalizada não deixa de ser criança por
se tornar paciente. Ela caracteriza-se por intensa atividade emocional,
movimento e curiosidade. A educação no hospital precisa garantir a essa criança
o direito a uma infância saudável, ainda que associada à doença”. (Fontes, 2005, 134).
O texto
“Laboratório on-line de aprendizagem:
uma experiência de aprendizagem colaborativa por meio do ambiente virtual de
aprendizagem Eurek@Kids
de autoria de Figueira aborda uma das diversas soluções para o desafio
metodológico na pedagogia hospitalar, na qual somente
ultrapassando paradigmas existentes na educação tradicionalista e
individualista, poderá solucionar essa dificuldade da educação nos hospitais.
A
solução que a autora se refere na obra, que tem
como objetivo socializar a aprendizagem e a construção do saber em um grupo, é
a utilização do ambiente virtual nos hospitais para crianças hospitalizadas,
onde implicará uma maior exploração dos recursos de mediação tecnológica, e
disponíveis no ambiente virtual.
São diversos os ambientes virtuais, mas o escolhido pela autora e
pesquisado pela mesma é o Eurek@Kids, onde irá auxiliar na neutralização
do distanciamento físico e temporal existentes entre aprendizes hospitalizados,
onde os mesmos irão se integrar no universo virtual, e se aproximar dos
diversos atores do processo de ensino-aprendizagem pelo amparo proporcionado à
comunicação pedagógica, inicialmente a utilização dessa ferramenta de ensino
irá proporcionar a autonomia dessa criança ao realizarem atividades
individuais, e quando
tiverem familiarizados irão interagir em grupo, onde irão construir um saber
autonomamente, já que o professor não interfere nas decisões do grupo de modo restritivo.
“Embora
sejam muitas as instituições que desenvolvem programas educacionais por meio de
ambientes virtuais de aprendizagem, bem como utilizam recursos tecnológicos
para “entregar” a informação ao discente, poucas inovam na criação de abordagens
educacionais que promovam a produção de conhecimento e menos ainda inovam,
trabalhando com tal ferramenta em ambiente hospitalar”. (TORRES, 2007, p. 442).
A partir
das duas leituras, podemos conhecer um pouco mais sobre o trabalho educacional
desenvolvido pelos pedagogos em hospitais e de que forma sua prática pode
influenciar na recuperação dos pacientes de todos os ciclos da vida.
Identificando
diante desse aprofundamento sobre o tema, que os principais objetivos do
pedagogo hospitalar é a de promover a integração entre a criança , a família, a
escola e o hospital, amenizando os traumas da internação e contribuindo para a
interação social.
O
pedagogo tem que possibilitar
oportunidade ao atendimento às crianças e adolescentes hospitalizados em
busca da qualidade de vida intelectiva e sócio interativa.
É importante que o pedagogo hospitalar aproxime a vivencia da
criança no hospital à sua rotina diária anterior ao internamento, utilizando o
conhecimento como forma de emancipação e formação humana, e por fim, fortalecer
o vinculo com a criança hospitalizada, possibilitando o fazer pedagógico na
pratica educacional dos ambientes hospitalares, proporcionar à criança
hospitalizada a possibilidade de mesmo estando em ambiente hospitalar, ter
acesso à educação.
4. RESENHA
4.1 Resenha do
filme "Como Estrelas na Terra, toda criança é especial"
Esse filme foi dirigido por Aamir
Khan com o título original “Taare Zameen Par – Every Child is Special”, o
lançamento foi em 2007 e se passa na Índia, conta a história de um menino
chamado Ishaan Awasthi, ele sofre de dislexia estuda em uma escola normal e
repetiu uma vez a terceira série e corre o risco de repetir novamente. O menino
com apenas nove anos não consegue acompanhar a turma. O pai de Ishaan como
todos de seu convívio não percebem que ele apresenta um distúrbio de
aprendizagem, assim a criança sofre com o despreparo dos professores e colegas,
além da rigidez e agressividade do pai.
O pai é chamado pela
diretora para conversar, diante de tantas reclamações decide colocar seu filho
em um internato. O menino sofre, não consegue entender atitude de seu pai e
acha que foi excluído da família por apresentar dificuldades em aprender e
entende essa atitude como um castigo. Fica desmotivado por ninguém o
compreender, perde a vontade de aprender e de ser uma criança, sente falta de
sua mãe e seu irmão e quer voltar para casa. O internato mantém uma filosofia
baseada na disciplina, onde as regras devem ser cumpridas.
Tudo se modificou com a chegada do professor Ram Shankar
Nikumbh para substituir o professor de artes, ele acredita nas diferentes
habilidades em que cada criança apresenta e faz de sua aula um momento
divertido onde as crianças tem sua atenção voltada para o que o professor
ensina, diferente da metodologia dos outros professores e da escola que era
tradicionalista.
Ao conhecer Ishaan o professor percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo, foi até a casa de Ishaan para conversar com seus pais. Esse não era um problema desconhecido pelo educador, pois trabalhava em outra escola que atendia crianças com necessidades especiais. Ele ensinou Ishaan a ler e escrever fora dos horários de aula e a partir desse momento o menino se sente motivado e se empenha nos estudos mostrando um resultado positivo. O filme preconiza a importância do professor para seus alunos, como podem trabalhar de forma criativa onde todos se sentem valorizados cada um mostrando suas habilidades dentro do que lhe é possível.
Ao conhecer Ishaan o professor percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo, foi até a casa de Ishaan para conversar com seus pais. Esse não era um problema desconhecido pelo educador, pois trabalhava em outra escola que atendia crianças com necessidades especiais. Ele ensinou Ishaan a ler e escrever fora dos horários de aula e a partir desse momento o menino se sente motivado e se empenha nos estudos mostrando um resultado positivo. O filme preconiza a importância do professor para seus alunos, como podem trabalhar de forma criativa onde todos se sentem valorizados cada um mostrando suas habilidades dentro do que lhe é possível.
Esse filme nos retrata ao
capítulo 7 “Educação escolar para todos do componente Necessidades educativas
infantis onde é preconizado a inclusão e a participação ativa e efetiva de
todos os alunos no processo de aprendizagem. A normalização, integração e
inclusão possibilitam a convivência com as diferenças e contribui com a criação
de diferentes espaços nas escolas regulares.
Os professores devem
investir em sua aprendizagem tornando sua formação decisiva, essa formação
deverá possibilitar o seu desenvolvimento como pessoa, com profissional e como
cidadão, assumindo na sua prática social o exercer da intervenção para
transformar, por isso merece atenção especial. Os futuros educadores devem
saber lidar com esses problemas no contexto escolar, para poder encontrar meios
e soluções para trabalhar com essa e as demais deficiências. As escolas devem
se prepara para receber esse aluno e os professores devem investir em sua
formação para que possa ensinar a todos com qualidade favorecendo o processo de
inclusão.
É essencial para criança
essa atenção vinda do educador, isso valoriza o ambiente de aprendizagem e a
criança consegue sentir prazer em aprender, os pais devem contribuir e
participar mais da vida escolar do aluno, todos trabalhando em equipe favorece
o crescimento da criança, do profissional e da família podendo assim obter uma
melhoria, resultados positivos e significativos. Todos os profissionais da
educação devem assistir ao filme, pois retrata a realidade das escolas e
contribui tanto para o crescimento profissional quanto para o crescimento
pessoal.
4.2 Resenha e comentários do livro:.
Comunicação tem remédio– A comunicação nas relações interpessoais em saúde.
Comunicação tem
remédio aborda os problemas hospitalares, já amplamente discutidos, mas sob a
ótica da comunicação interpessoal. Nesta obra, a autora mostra que a missão
social do profissional de saúde permite conciliar disciplina e afetividade,
seja no contato com o paciente, seja no relacionamento entre companheiros de
trabalho.
A comunicação é
a essência da vida e inerente ao ser humano. Comunicamos através do gesto,
olhar, toque e é claro, com a fala. O pedagogo em sua práxis diária estabelece
as relações humanas através dos meios de comunicação, desta forma, enquanto
docente e preceptor que valoriza este instrumento básico de ensinagem e
aprendência, tem a necessidade de consultar alguns atores envolvidos em
diferentes meios de atuação e avaliar os tipos e a importância da comunicação
utilizada nas relações interpessoais, onde a família, o hospital, escola e
paciente atuam de forma diversa, mas com um objetivo comum: o de comunicar e se
relacionarem bem em todas as instâncias relatadas.
No livro A
Comunicação tem remédio, percebe-se que através da comunicação bem colocada e
intencionada, os profissionais ligados á equipe multidisciplinar onde
hospital/paciente/ família/ escola/ têm utilizado na comunicação um instrumento
de humanização no cuidar e ser cuidado.
Todo ser
humano tem a capacidade de se comunicar: do seu jeito, em seu tempo, com sua
habilidade particular.
Entretanto, a
qualidade da mensagem transmitida e o entendimento de seu conteúdo, muitas
vezes deixam a desejar, comprometendo significativamente as relações
interpessoais e os resultados organizacionais, que, no caso de ser um ambiente
hospitalar, não pode haver erros de nenhuma espécie.
A interlocução
da família, escola e hospital, tem como protagonista o pedagogo hospitalar que
se comunica com o paciente e este com ele, tratando-se assim de um processo
recíproco de intermediação pedagógica. Este se relaciona com os amigos e
familiares deste paciente, adequando informações médicas ao alcance destes
visitantes, além de interagir com os membros da equipe e outros funcionários e
ainda com inúmeras outras pessoas durante o correr do dia em uma rotina
hospitalar.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FONTES, Rejane de S. A
escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da educação no hospital. Revista Brasileira
de Educação, p.119-138, 2005.
KHAN, Aamir. 2007. Como Estrelas na Terra – Toda criança
é especial. Índia: Estúdio/Distrib: Aamir Khan Productions.
SILVA, Maria Julia Paes da. Comunicação tem
remédio: A comunicação nas relações interpessoais da saúde. Ed. Loyola, São Paulo, 2002.
TORRES, Patrícia Lupion Torres. Laboratório on-line de
aprendizagem: uma experiência de aprendizagem colaborativa por meio do
ambiente virtual de aprendizagem Eurek@Kids. Cad. CEDES, Campinas, v. 27, n.73, set/ dez, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário