Claudia Fernanda de Mello RA: 0922981
Débora
Madruga da Nóbrega Arendt - 0922988
Érica Paskevicius
Serralheiro – 0922972
PLANO DE AULA
Tema
: a abolição da ecsravatura no Brasil.
Objetivos:
PCN
pag 43
Procedimentos:
- análise de documentos de diferentes naturezas;
- troca de informações sobre os objetos de estudo;
- formulação de hipóteses e questões a respeito dos temas estudados;
- registro em diferentes formas;
Ano:
quinta
ou sexta série do ensino fundamental.
Tempo
estimado:
2 aulas de 45 minutos.
Desenvolvimento
da atividade:
Atividade
1:
Sugestões de perguntas:
O
que conhecem sobre a abolição da escravatura do Brasil?
Quem
fez a lei da abolição?
Da
onde surgiu a ideia de abolição?
Foi
só a princesa Isabel que fez a abolição, o que aconteceu para que
se chegasse na Lei?
Alguem
conhece um dos sujeitos (abolicionista)? ( que mostrará ao aluno
pelo Data Show).
Material
para aula:
lousa/ datashow
Então
colocaríamos os nomes embaixo das imagens e perguntaríamos
novamente. Alguns falariam que Rebouça é o nome da avenida e por aí
vai.
Atividade
2:
Lê-se a Lei Áurea (no slide);
Entregar
em grupos, textos dos jornais abolicionista, poesias do Castro Alves
e etc.
E
daí, após a leitura poderíamos perguntar novamente o que eles
descobriram com tais leituras.
Os
mais espertos iriam falar que Castro Alves era poeta e que falava da
escravidão entre outras coisas. E só aí poderíamos falar quem são
aqueles sujeitos no data show.
Mostra-se
o slides com a imagem de alguns abolicionista com os nomes deles e
perguntar novamente aos alunos se eles agora os reconhecem... algum
aluno vai citar o nome de uma rua, uma avenida, etc.
Atividade
3.
Formar
grupos com os alunos e entregar uma espécie de kits, com poesias,
ilustrações, textos, etc, para que eles possam organizar suas
idéias e formular hipóteses.
Após
um tempo, (podemos mostrar os slides com os tais textos para a sala),
professor e aluno discutiriam as hipóteses criadas. Como a aula é
de 45 minutos, o professor poderia escolher um dos caras e contar a
história dele.
Sugestão.
Num segundo momento, o professor poderia sugerir uma pesquisa sobre os abolicionistas (ou outros) e poderia estabelecer um produto final.
Num segundo momento, o professor poderia sugerir uma pesquisa sobre os abolicionistas (ou outros) e poderia estabelecer um produto final.
Término
do trabalho.
Ao final da nossa fala, poderíamos
mostrar a sala que seguimos a ordenação do PCN nesta atividade (é
só mostrar o slide) e que acreditamos ser uma aula que segue a linha
da construção do processo histórico e não simplesmente do fato
histórico (já que vamos de Zumbi a princesa Isabel neste recorte
que fizemos), portanto, com tendência marxista. E aí é só esperar
as críticas! Rsrsrs
Resumo
da tragedoria até a libertação dos escravos.
Se
formos falar pelo modelo marxista, devemos explicar todas as etapas
sobre a abolição da Escravatura no Brasil, podemos começar que ao
falarmos
em escravidão, é difícil não pensar
nos
portugueses, espanhóis e
ingleses que superlotavam os porões de seus navios
de
negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por
toda a
região da América.
Sobre
este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que
perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares,
da Guerra de Secessão dos Estados Unidos,
da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas,
e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar
de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que
o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa
história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por
seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os
hebreus,
que foram vendidos
como escravos desde os começos da História.
Muitas
civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a
execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia
e Roma
foi
uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo,
muitos
de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua
liberdade.
Escravidão
no Brasil
No
Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na
primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros
africanos de suas colônias na
África
para
utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos
de açúcar
do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os
africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais
saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O
transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios
negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes
de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas
fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século
XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível.
Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e
uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas
senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados
para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo
que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram
proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar
suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião
católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua
portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e
restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos,
realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas
representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta:
a
capoeira.
As
mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os
senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente,
para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo
amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
Podemos
dar como exemplo a novela escrava Isaura.
No
Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua
liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns
"trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se
livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades
acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O
negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram
comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam,
formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades
bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de
uma organização comunitária aos moldes do que existia na África.
Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e
exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de
Palmares, comandado por
Zumbi.
Zumbi
dos Palmares
(1655?–1695)
Zumbi nasceu em Palmares, em 1655. Era neto da princesa Aqualtune, filha de um importante rei do Congo. Ainda bebê, Zumbi foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Recebeu o nome de Francisco e uma educação formal. Aos 10 anos, já sabia latim e português e, aos 12, tornou-se coroinha. A inteligência do menino recebia elogios do padre, segundo relatam registros existentes.
Com 15 anos, Francisco fugiu de volta a Palmares, adotando o nome de Zumbi e passando a fazer parte da Família Real, pois foi adotado pelo então rei Ganga Zumba. A nação palmarina começou a se formar por volta de 1597, com Aqualtune. Rapidamente a comunidade cresceu, porque era constantemente alimentada pela chegada de negros fugidos, de índios e de brancos pobres. Palmares chegou a ter 30 mil habitantes e, com sua organização e conseqüente fortalecimento, passou a ser visto como uma ameaça perigosa ao poder colonial. Além de praticarem uma agricultura considerada avançada para os padrões da época, desenvolveram uma atividade metalúrgica organizada para sua defesa e subsistência e chegaram a estabelecer comércio com localidades próximas.
Entre 1596 e 1716, os palmarinos resistiram a 66 expedições coloniais, tanto de portugueses como de holandeses. Foi a maior e mais longa expressão contestatória da escravidão em todo o mundo. De todos os líderes da resistência negra, dois se tornaram conhecidos: Ganga Zumba e Zumbi. Zumbi, porém, foi o líder mais famoso da confederação de quilombos de Palmares, que se estendia pelos territórios atuais de Alagoas e Pernambuco.
Ganga Zumba, cansado de muitas guerras, assinou um acordo de paz com os portugueses, em 1678. Isso desagradou uma parte significativa dos quilombolas, que viam a transferência para Cucaú como uma forma de controlar a comunidade, além de não resolver o problema da escravidão. Foi nesse momento que Zumbi rompeu com Ganga Zumba, sendo aclamado Grande Chefe por aqueles que ficaram em Palmares.
Durante um ataque em 1694, Zumbi caiu ferido em um desfiladeiro, o que gerou o mito de que o herói se suicidara para evitar a escravização. No entanto, em 1695, Zumbi voltou a comandar ataques, mostrando que estava vivo.
Depois de 17 anos de combates, Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, e assassinado durante expedição de Domingos Jorge Velho, em 20 de novembro de 1695. A cabeça de Zumbi foi decepada e levada para Recife, onde foi pendurada em local público até sua total decomposição. Palmares resistiu ainda por mais de 30 anos antes de sucumbir definitivamente. Em homenagem a Zumbi, a data de sua morte foi escolhida como Dia Nacional da Consciência Negra.
Campanha
Abolicionista e a Abolição da Escravatura
A
partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser
contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado
consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei
Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o
poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que
faziam esta prática.
Em
1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei
Eusébio de Queiróz que
acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era
aprovada a Lei do Ventre
Livre que dava liberdade
aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de
1885 era promulgada a Lei
dos Sexagenários que
garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente
no final do século XIX é que a escravidão
foi
mundialmente proibida. Aqui no Brasil,
sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da
Lei
Áurea,
feita pela Princesa Isabel.
1850
– LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS
Em
8 de agosto de 1845 a Grã Bretanha editou o Slave Trade Suppression
Act (Aberdeen Act), mais conhecido no Brasil como Bill Aberdeen, uma
lei que proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
Proposta por George Hamilton-Gordon (lord Aberdeen), ela considerava
o tráfico de escravos como pirataria e atribuía às embarcações
de guerra de seu país o direito de apreender navios negreiros que se
dirigissem ao Brasil, o que acabou criando inúmeros incidentes
diplomáticos com o império brasileiro.
Temendo
novas ações da Inglaterra, Eusébio de Queirós, ministro da
Justiça, apresentou projeto de lei visando à adoção de medidas
mais eficazes para a extinção do tráfico negreiro. Apoiado nos
mais “sólidos
princípios do direito das gentes”,
o projeto foi aprovado pelo Parlamento em setembro de 1850,
provocando muitos protestos. Ao depor na Câmara dos Deputados, em 16
de julho de 1852, o ministro lembrou que muitos fazendeiros tinham
hipotecado suas terras para grandes traficantes - entre os quais
inúmeros portugueses - a fim de obter recursos destinados à compra
de cativos. E prosseguiu dizendo que "os
escravos morriam, mas as dívidas ficavam e, com elas, os terrenos
hipotecados". Diante
desse contexto, Eusébio de Queirós apelou para a mudança da
opinião pública quanto à extinção do tráfico, acentuando a
possibilidade “da
nossa propriedade territorial”
passar das mãos dos fazendeiros para “os
especuladores e traficantes”.
Além disso, ele apontou outra razão para a extinção do tráfico
ao argumentar que se negros cativos continuassem a entrar no império,
como acontecera nos últimos anos, o desequilíbrio entre livres e
escravos se transformaria em ameaça os primeiros, ficando a "boa
sociedade" exposta
a "perigos
gravíssimos",
uma vez que tal desequilíbrio já causara inúmeras rebeldias de
escravos, como a acontecida em 1835 na Revolta dos Malês, em
Salvador, e as que ocorriam no Rio de Janeiro, onde por ser a massa
escrava numericamente significativa, as insurreições negras vinham
espalhando terror entre os cidadãos brancos de municípios como
Valença e Vassouras.
Lei
do Ventre Livre
A
Lei do Ventre Livre, também conhecida como “Lei Rio Branco” foi
uma lei abolicionista, promulgada em 28 de setembro de 1871 (assinada
pela Princesa Isabel). Esta lei considerava livre todos os filhos de
mulher escravas nascidos a partir da data da lei.
Como seus pais continuariam escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres. Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade.
Como seus pais continuariam escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres. Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade.
A Lei do Ventre Livre tinha por objetivo principal possibilitar a transição, lenta e gradual, no Brasil do sistema de escravidão para o de mão-de-obra livre. Vale lembrar que o Brasil, desde meados do século XIX, vinha sofrendo fortes pressões da Inglaterra para abolir a escravidão.
Lei
dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de 60 anos de
idade
Lei
dos Sexagenários
A Lei dos Sexagenários,
também conhecida como Lei Sararaiva-Cotegipe, foi promulgada em 28
de setembro de 1885. Essa lei concedia liberdade aos escravos com
mais de 60 anos de idade.
A
lei beneficiou poucos escravos, pois eram raros os que atingiam esta
idade, devido a vida sofrida que levavam. Os que chegavam aos 60 anos
de idade já não tinham mais condições de trabalho. Portanto, era
uma lei que acabava por beneficiar mais os proprietários, pois
podiam libertar os escravos pouco produtivos. Sem contar que a lei
apresentava um artigo que determinava que o escravo, ao atingir os 60
anos, deveria trabalhar por mais 3 anos, de forma gratuita, para seu
proprietário.
A
LEI ÁUREA - 1888 - PRINCESA ISABEL
Na época em que os
portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia
mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso,
eles procuraram usar o trabalho dos índios
nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada
adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios
condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o
mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de
negros na
África para
submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia.
Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Processo
de abolição da escravatura no Brasil
Os
negros, trazidos do continente
Africano,
eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as
péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam
durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por
fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e
desumana.
Apesar
desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da
maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram
os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos
e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300
anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo
período foi o econômico. A economia do país contava somente com o
trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão
pesados quanto estas. As providências para a libertação dos
escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A
partir de 1870, a região
Sul
do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes
estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos
engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de
escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do
surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos
proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi
alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em
1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde,
foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta
lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua
promulgação.
Em
1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que
beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888,
através da Lei Áurea,
que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil.
Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão
no Brasil.
Lei
Áurea
Lei
nº 3.353, de 13 de maio de 1888.
Declara
extinta a escravidão no Brasil.
A
princesa Imperial, Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o
Senhor D. Pedro li, faz saber a todos os súditos do Império que a
Assembléia Geral Decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art.
1º É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no
Brasil.
Art.
2º Revogam-se as disposições em contrário.
Manda
portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da
referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão
inteiramente como nela se contém.
O
Secretário de Estado dos Negócios d'Agricultura, Comércio e Obras
Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo
Augusto da Silva, do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça
imprimir, publicar e correr.
67º
do Independência e do Império.
a)
Princesa Imperial Regente]
Para
vcs conhecerem melhor os caras do nosso trabalho, entrem neste site:
http://www.acordacultura.org.br/,
procurem os Heróis de todo mundo, lá tem algusn dos que eu coloquei
no trabalho.... vale a pena conferir a hsitória do Francisco José
do Nascimento, já que o ceará aboliu todos os escravos 4 anos antes
do resto do Brasil. Apertem em assista ao episódio que vale a pena,
ok?
Principais abolicionistas.
ANDRÉ
REBOUÇAS
Engenheiro
e Escritor.
André
Pinto Rebouças nasceu na Bahia, na Cidade de Cachoeira, em 1838,
filho do advogado mulato Antônio Pereira Rebouças, era tão fraco e
doente que ninguém supunha que fosse sobreviver. Mas, em 1842, o pai
foi eleito deputado e a família se mudou para o Rio de Janeiro. A
mudança fez tão bem para André como para o seu irmão, Antônio.
E, André Pinto Rebouças, se transformou num dos mais ativos
militantes negros do movimento abolicionista, figurando ao lado de
“Joaquim Nabuco e José do Patrocínio”. Formou-se em engenharia
pela Escola Central no ano de 1860, portanto, com 22 anos de idade.
Teve grande participação na Campanha do Paraguai. Ao viajar para a
Europa especializou-se em fundação e obras portuárias,
permitindo-lhe, quando regressou ao Brasil participar da “construção
do Porto da Cidade do Rio de Janeiro”, e de outros portos do País,
assim como esteve à frente de projetos de obras ferroviárias e de
abastecimento de água.
Foi o “construtor das primeiras docas no Rio de Janeiro, no Maranhão, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia”.
André
Rebouças acabou atravessando o Brasil em várias direções e
participando também das várias instalações de núcleos de
colônias, às margens do Rio Paraná e do Rio Uruguai.
Na sua luta contra o estatuto da escravidão, André Rebouças, funda juntamente com Joaquim Nabuco, o Centro Abolicionista da Escola Politécnica, do qual era um de seus professores.
Como jornalista, escreveu inúmeros artigos sobre a problemática da questão do regime escravo utilizado no manifesto da “Confederação Abolicionista”.
E,
como intelectual negro que fez público diversos de seus escritos,
através dos quais estudou com profundidade os fundamentos da
estrutura agrária em nosso País, em conseqüência do que poderia
vir a acontecer com eliminação do trabalho servil, acreditando que
o braço emigrante seria capaz de solucionar as dificuldades rurais
no Brasil.
A partir de 1872 André se dedicou integralmente ao abolicionismo, influenciando toda a ação do movimento, Era tímido e mau orador, mas segundo Joaquim Nabuco, “teve o mais belo dos papeis, embora oculto: “Foi nosso motor e nossa inspiração”.
Com a proclamação da “República”, André Rebouças exila-se do Brasil e nunca mais retorna ao convívio de seus compatriotas. Viveu seis anos no continente de seus antepassados, na África, visitando particularmente as possessões portuguesas de além mar, fixando-se definitivamente na “Ilha da Madeira”, em Funchal, onde veio a falecer em 1898, com 60 anos de idade.
Morreu
solitário, sobre uma grande pedra, em frente ao mar. Não estava
apenas só: estava também pobre e amargurado. O exílio, porém, era
voluntário. André Rebouças conseguira atingir o maior objetivo de
sua vida: A escravidão fora, enfim, abolida do Brasil. Mas o custo
lhe pareceu alto demais. Amigo do Imperador D. Pedro II, que venera,
da Princesa Isabel e do marido dela, o Conde d’Eu, André Rebouças
sabia que abolição fora uma das causas da Proclamação da
República, e a República. É claro, destrona os monarcas. Assim, o
mulato franzino que fora um dos maiores propagandistas e meticuloso
estrategista do movimento pela libertação dos escravos deixou o
País no mesmo navio no qual a família real partiu para o exílio.
A morte de D. Pedro II, em 1891, lhe provocou distúrbios emocionais. Na África, André Rebouças, numa jornada louca que o levou a Moçambique, Zanzibar. Foi-se meter no “Transvaal”, onde alimentou o plano delirante de vestir toda a população de 300 mil habitantes. Detalhista como sempre, calculou que seriam necessários “mais de 900 mil metros (de tecidos) a fornecer imediatamente; e como serão indispensáveis seis mudas no verão, 5,4 milhões de metros de pano de algodão por ano”. Achava que o projeto salvaria as fábricas da Europa da bancarrota. Embora capaz dedicar-se a planos tão utópicos quanto vestir toda a população de um país miserável, André Pinto Rebouças era também um homem prático e ativo.
Na história do Brasil fala-se muito dos irmãos Rebouças. Pois, Antônio, seu irmão, também foi um negro notável, chegando a ser deputado, celebrizando-se por ser o construtor, engenheiro que também era, da estrada-de-ferro “Paranaguá- Curitiba (1871-1874). Antônio, nasceu em 1839 em Cachoeira, Bahia, e faleceu em 1874, depois de edificar várias rodovias, como a de Antonina- Curitiba (Estrada de Graciosa), em 1866, tendo ainda participado de outros projetos de envergadura arquitetônica no Paraná e em São Paulo.
Cruz
e Sousa (1861 – 1898)
João
da Cruz e Souza nasceu em 24 de novembro de 1861 em Desterro, hoje
Florinaopolis, Santa Catarina. Seu pai e sua mãe, negros puros, eram
escravos alforriados pelo marechal Guilherme Xavier de Sousa. Ao que
tudo indica o marechal gostava muito dessa família pois o menino
João da Cruz recebeu, além de educação refinada, adquirida no
Liceu Provincial de Santa Catarina, o sobrenome Sousa.
Apesar
de toda essa proteção, Cruz e Souza sofreu muito com o preconceito
racial. Depois de dirigir um jornal abolicionista, foi impedido de
deixar sua terra natal por motivos de preconceito racial.
Algum tempo depois é nomeado promotor público, porém, é impedido de assumir o cargo, novamente por causa do preconceito. Ao transferir-se para o Rio, sobreviveu trabalhando em pequenos empregos e continuou sendo vítima do preconceito.
Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves, que também era negra e que mais tarde enlouqueceu. O casal teve quatro filhos e todos faleceram prematuramente, o que teve vida mais longa morreu quando tinha apenas 17 anos.
Cruz e Souza morreu em 19 de março de 1898 na cidade mineira de Sítio, vítima de tuberculose. Suas únicas obras publicadas em vida foram Missal e Broquéis.
Cruz
e Souza é, sem sombra de dúvidas, o mais importante poeta
Simbolista brasileiro, chegando a ser considerado também um dos
maiores representantes dessa escola no mundo. Muitos críticos chegam
a afirmar que se não fosse a sua presença, a estética Simbolista
não teria existido no Brasil. Sua obra apresenta diversidade e
riqueza.
De um lado, encontram-se aspectos noturnos, herdados do Romantismo como por exemplo o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, angústia morte etc. Já de outro, percebe-se uma certa preocupação formal, como o gosto pelo soneto, o uso de vocábulos refinados, a força das imagens etc. Em relação a sua obra, pode-se dizer ainda que ela tem um caráter evolutivo, pois trata de temas até certo ponto pessoais como por exemplo o sofrimento do negro e evolui para a angústia do ser humano.
De um lado, encontram-se aspectos noturnos, herdados do Romantismo como por exemplo o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, angústia morte etc. Já de outro, percebe-se uma certa preocupação formal, como o gosto pelo soneto, o uso de vocábulos refinados, a força das imagens etc. Em relação a sua obra, pode-se dizer ainda que ela tem um caráter evolutivo, pois trata de temas até certo ponto pessoais como por exemplo o sofrimento do negro e evolui para a angústia do ser humano.
Theodoro
Fernandes Sampaio
Theodoro
Fernandes Sampaio possui uma origem humilde. Descendente de
africanos, ou seja, filho de uma pobre escrava nasceu em 07/01/1855
no Engenho Canabrava, numa senzala, no município de Santo Amaro, na
Bahia.
Desde
pequeno mostrou ter inteligência e facilidade para aprender. Aos 9
anos (1864) foi enviado ao Rio de Janeiro, sendo matriculado no
Colégio São Salvador.
Em 1871 ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde se graduaria em Engenheira Civil em 1876, na primeira turma que lá se formou. Durante a faculdade dava aulas de matemática, geografia e latim em dois colégios da cidade. Neste meio tempo, antes de se formar, foi admitido como desenhista do Museu Nacional devido à sua habilidade para o desenho, que anos mais tarde também poderá ser verificada nos inúmeros mapas que confeccionou. No Museu conheceu muitos cientistas estrangeiros, entre eles Orville, eminente geólogo americano, que Teodoro estaria unido por laços profissionais e de amizade pelo resto da vida.
Em 1871 ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde se graduaria em Engenheira Civil em 1876, na primeira turma que lá se formou. Durante a faculdade dava aulas de matemática, geografia e latim em dois colégios da cidade. Neste meio tempo, antes de se formar, foi admitido como desenhista do Museu Nacional devido à sua habilidade para o desenho, que anos mais tarde também poderá ser verificada nos inúmeros mapas que confeccionou. No Museu conheceu muitos cientistas estrangeiros, entre eles Orville, eminente geólogo americano, que Teodoro estaria unido por laços profissionais e de amizade pelo resto da vida.
Teodoro
Sampaio fez expedições exploratórias pelo Rio São Francisco, onde
registrou, na forma de mapas e descrições, os caminhos que
percorreu, recolhendo assim material suficiente para elaborar um mapa
da região. Suas observações geográficas e topográficas foram
muito utilizadas e estudou profundamente nossos minerais, sendo
considerado o pai da geologia brasileira.
Trabalhou pelo Governo Federal na Campanha de Canudos. Sob a credibilidade de seu trabalho reviu, a pedido do amigo Euclides da Cunha, todas as descrições geográficas e de paisagem da obra Os Sertões. O nível de detalhes geográficos dessa obra impressionou a muitos.
Em
1879 fez parte da “Comissão Hidráulica” para estudar os portos
e a navegação interior do Brasil. Nesta Comissão, “apresentou,
estudou e projetou os melhoramentos do porto de Santos, os do Rio São
Francisco, no curso superior da Cachoeira do Paulo Afonso, até a de
Pirapora, em Minas Gerais”.
Depois
disso, trabalhou na Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
(CGG) como chefe da Seção de Geografia, convidado pelo amigo
Orville Derby, por mais de 6 anos, de 1886 a 1892, dedicando-se aos
serviços de campo e de escritório. A partir desta data e até 1900,
passou a acumular o cargo de inspetor na empresa canadense The São
Paulo Tramway Light and Power Company.
Com
Paula Souza, fundador da Escola Politécnica de São Paulo, promoveu
a retificação e o saneamento do Rio Tamanduateí, do Parque D.
Pedro até a desembocadura no Tietê. Foi diretor, de 1898 a 1903, da
Repartição de Saneamento: restaurou o sistema de águas e esgotos e
elaborou e executou planos de melhoramento urbanístico.
Foi também um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, manifestando, por inúmeras publicações, seu polifacetismo: além daqueles de cunho técnico, encontram-se trabalhos de geografia, de língua Tupi, econômicos, sociológicos e, principalmente, históricos. Receberam condecorações internacionais pelos reconhecidos méritos de seus trabalhos históricos.
Depois
de 18 anos em São Paulo, regressou à Bahia em 1904 para executar as
obras de restauração nos sistemas de água e esgoto de Salvador.
Tornou-se orador oficial e posteriormente presidente do Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia, onde produziu cerca de 200
discursos e conferências sobre temas históricos, geográficos,
etnográficos e outros. Chegou a recepcionar o então aclamado Rui
Barbosa quando este retornou à Bahia, sua terra natal.
Motivado
pelos amigos, foi deputado federal, mas sem fazer política
partidária, porque o desagradava: Esta atividade “não seduz lá
muito aos espíritos que a moral há forrado de escrúpulos”, dizia
Teodoro.
Chegou
a concorrer a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, contra sua
vontade, mas por impulso dos amigos. Entretanto não obteve êxito,
aceitando a derrota com a humildade que lhe era característica.
Tornou-se
inevitavelmente uma celebridade da época devido à sua erudição,
competência e simplicidade. Com serenidade de espírito, operosidade
científica e o característico labor sem alarde, Teodoro foi um
importante personagem na busca pela dignidade dos negros, devolvida
somente em 1888. Gilberto Freyre coloca-o em especial destaque junto
com outros engenheiros negros, como os irmãos Rebouças.
Passou
os últimos anos de sua vida no Rio de Janeiro, onde lecionava
gratuitamente aos alunos da Escola Brasileira. Faleceu na Ilha de
Paquetá em 15 de outubro de 1937, com 82 anos.
Foi
mestre de Euclides da Cunha, como evidenciou Capistrano de Abreu: “O
(Alberto) Rangel considera-se discípulo de Euclides da Cunha. Deste
foi mestre Teodoro Sampaio”.
Castro
Alves
Biografia de Castro Alves, poesias, transição entre o romantismo e o parnasianismo, literatura brasileira no século XIX, obras como Navio Negreiro e Espumas Flutuantes.
Biografia,
obras e estilo literário
No
período em que viveu (1847-1871), ainda existia a
escravidão
no Brasil. O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir
gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente
confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros
escravizados.
Manifestou
toda sua sensibilidade escrevendo
versos de
protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este
seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos
Escravos”.
Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua
coragem ao recitar, durante uma comemoração cívica, o “Navio
Negreiro”. A contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos
que denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos.
Além
de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu
versos líricos-amorosos, de acordo com o estilo de
Vítor Hugo.
Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição entre o
Romantismo e o Parnasianismo.
Este
notável escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de terminar o curso
de Direito que
iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.
Apesar de ter vivido tão pouco, este
artista notável deixou livros e poemas significativos.
Poesias
de Castro Alves:
-
Espumas Flutuantes, 1870
-
A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876
-
Os Escravos, 1883
-
Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921)
-
Navio Negreiro (1869)
-
Tragédia no lar
José
Carlos do Patrocínio
José
Carlos do Patrocínio era filho de uma escrava alforriada e do cônego
João Monteiro. Aos 14 anos deixou a fazenda da família para tentar
a vida no Rio de Janeiro, onde chegou a ingressar na Escola de
Medicina. Ao fim de alguns anos, porém, abandonou o curso e
formou-se em farmácia, em 1874.
Ainda estudante , fundou uma revista mensal, "Os Ferrões", onde começou a revelar seu talento como polemista que o tornaria famoso. Em 1877, ingressou na redação de "A Gazeta de Notícias", onde escreveu diversos artigos de propaganda abolicionista.
Em 1881, com dinheiro emprestado pelo sogro, adquiriu a "Gazeta da Tarde", à frente da qual permaneceu por seis anos. Neste jornal, deu início à campanha abolicionista. Em 1887, fundou a "Cidade do Rio", onde intensificou os ataques à política escravocrata.
Não se limitou a lutar apenas por escrito pelo abolicionismo. Realizou conferências públicas, ajudou a fuga de muitos escravos, organizou núcleos abolicionistas, militando ativamente até o triunfo da causa, em 13 de maio de 1888.
Seu prestígio imenso durante os últimos anos do Império decaiu após a proclamação da República, quando passou a lutar por um programa liberal. Acabou afastado da vida pública. Seu jornal, "Cidade do Rio de Janeiro", foi interditado e ele deportado para Cucuí, no Amazonas, sob a acusação de ter participado de uma revolta contra o governo de Floriano Peixoto.
Libertado pouco tempo depois, afastou-se da vida pública, colaborando esporadicamente na imprensa. Nos últimos anos de vida interessou-se pela navegação aérea, chegando a construir um aeróstato denominado Santa Cruz.
Patrocínio também escreveu obras de ficção, mas sem a repercussão nem o talento do jornalista. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de no. 21, que tinha Joaquim Serra como patrono.
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