Facudade Sumaré
Claudia
Fernanda de Mello
Turma
B2NM
Compare as
duas tendências liberais renovadas. Diferenças e semelhanças.
Tendência
Liberal Renovada Progressista.
Tendência
Liberal Renovada Progressista, surge no final do século XIX, em meados de 1920,
como contraposição à Pedagogia Tradicional. Várias correntes e variantes podem
ser associadas à Pedagogia Renovada (Escola Nova), todas elas incluindo
elementos de uma pedagogia ativa. Entre as várias correntes destaca-se a linha
progressivista, baseada na teoria de John Dewey (1859-1952): Aprendizado através
da pesquisa individual. Homem e mundo: O
produto é a interação entre eles. Seus precursores além de John Dewey,
também foram Maria Montessori, Ovide
Decroly e no Brasil, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo.
Esta tendência
surge no Brasil na década de trinta para o ensino de Educação Infantil e
atualmente ainda influencia muitas práticas pedagógicas.
O papel da
escola nesta tendência é o de ordenar as necessidades individuais do meio
social. Com esta adequação as experiências devem satisfazer aos interesses do
aluno e as exigências sociais, facilitando a
interação entre estruturas cognitivas do indivíduo e estruturas do
ambientais.
Os conteúdos são
elaborados em função de experiência que os educandos vivenciam frente aos
desafios e problemáticas de seu dia-a-dia, pois o conhecimento acontece da ação
a partir dos interesses e necessidades de cada um deles.
O método parte
do princípio de “aprender fazendo”. Importância na preparação do ambiente e no
brincar. A escola não somente sala de aula, ela
é um ambiente cultural e também de lazer, sem isso não se aprende. São
valorizadas a solução de problemas, as pesquisas, o estudo dos meios naturais e
sociais, as descobertas,bem como as tentativas experimentais. Portanto, é
considerado ativo sendo também
desafiante. O trabalho em grupo é uma necessidade primordial para o
desenvolvimento mental do educando.
Para Piaget é uma tomada de consciência a aprendizagem por
meio da descoberta, é uma autoaprendizagem, o ambiente torna-se um meio
estimulador para compor a estrutura cognitiva a ser empregada em novas
situações de aprendizagem.
Função educativa da experiência cujo centro é o aluno.
Os cinco pontos que caracterizam essa escola são:
Papel da escola:
A escola deve adequar às necessidades individuais ao meio social. Todo
indivíduo tem caracteristicas próprias e deve-se trabalha-las para
potencializar e adequar o que é bom, para que isso seja útil o melhor possível
em sua vida social (sociedade).
Conteúdos: Os
conteúdos são elaborados a partir das experiências vividas pelos alunos frente
às situações problemas. A partir da vivência, os processos mentais são mais
importantes que os conteúdos. Importância no processo de pensamento. Aprender a
aprender. O próprio indivíduo pode procurar os próprios conteúdos. A avaliação
se dá pelo esforço que a criança faz para o seu desenvolvimento. Atenção ao método no combate ao diretivismo, à qualidade e não
a quantidade, ao processo e não ao produto. Parâmetro na teoria piagetiana,
múltiplos critérios.
Metodos: Por
meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. Estimular a
tentativa a partir de uma situação problema. Exemplo: Fazer perguntas e
estimular respostas.
Professor x
Aluno: O professor é auxiliador (ajudador)
no desenvolvimento livre da criança. A criança aprende por conta própria
e o professor fornece as ferramentas necessárias para esse aprendizado.
Aprendizagem:
Baseia-se na motivação e na estimulação de problemas. Aprender fazendo.
Autoaprendizagem, ou seja, a pópria criança aprende por sí só. A avaliação do
processo se dá, continuamente e não por uma data pré determinada, é fluida e
tenta ser eficaz à medida que os esforços e os êxitos são prontas e
explicitamente reconhecidos pelo professor.
Manifestações:
sua aplicação é reduzidíssima, não somente por falta de condições objetivas
como também porque se choca com uma prática pedagógica basicamente tradicional.
Alguns métodos são adotados em escolas particulares, como o método Montessori,
o método dos centros de interesse de Decroly, o método de projetos de Dewey. O
ensino baseado na psicologia genética de Piaget tem larga aceitação na educação
pré-escolar. Pertencem, também, à tendência progressivista muitas das escolas
denominadas "experimentais", as "escolas comunitárias" e
mais remotamente (década de 60) a "escola secundária moderna", na
versão difundida por Lauro de Oliveira Lima. É uma tendência bem reduzida
devido a dificuldade da infraestrutura da escola, todos os professores,
coordenadores e diretor(a) tem que aderir a ideia dessa tendência. Montessori,
Decroly, Dewey, Piaget, Lauro de Oliveira Lima.
Tendência
Liberal Renova-da não-diretiva (Escola Nova)
Carl Rogers
(1902-1987), fundador da terapia não-diretiva, a
tarefa de professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que
quiser. O pilar da terapia rogeriana são os "grupos de encontro", em
que vários clientes interagem. Rogers foi um dos primeiros a gravar e filmar as
sessões de terapia com a finalidade de aperfeiçoar sua prática e observar o
processo de mudança de seus clientes.
A terapia rogeriana se define como não-diretiva e centrada
no cliente (palavra que Rogers preferia a paciente), porque cabe a ele a
responsabilidade pela condução e pelo sucesso do tratamento. Para Rogers, o
terapeuta apenas facilita o processo. Em seu ideal de ensino, o papel do
professor se assemelha ao do terapeuta e o do aluno ao do cliente. Isso quer
dizer que a tarefa do professor é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a
seu modo. Nesse processo de gravação ele descobre que as mudanças ocorrem
quando há interesse do paciente e não por causa da habilidade do terapeuta,
esse não tem capacidade de influenciar quase nada em ninguém.
Diante dessa descoberta, propõe um novo tipo de terapia, a
que é centrada na pessoa, tendo como caracteristica a empatia e a confiança.
A corrente de Rogers ficou conhecida como humanista, por se
mostrar um homem que não tem todas as respostas, mas que com o discurso poderá ajudar seus pacientes,
se diferenciando da teoria freudiana
(que propõe uma postura de distanciamento do paciente) e baseando sua corrente
numa visão otimista do homem.
O ensino tem como finalidade criar mecanismos para que o
aluno procure chegar ao conhecimento por si próprio.
O professor
exerce o papel de “facilitador” aceitando a pessoa do aluno, está confiável,
receptivo e convicto na capacidade do auto-desenvolvimento do educando.
O seu trabalho é
proporcionar ao estudante a organização, através de técnicas de sensibilização
para que os sentimentos de cada um sejam explicitados, sem obrigação. O
professor torna-se um especialista em relações humanas,ao garantir um clima de
relacionamento pessoal e autêntico.
Os cinco pontos que caracterizam essa escola são:
Papel da escola:
Formação de atitudes, razão pela qual se dá na preocupação com os problemas
psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Formar o indivíduo para que
seja psicologicamente saudável. Rogers considera que o ensino é uma atividade
excessivamente valorizada; para ele os procedimentos didáticos, a competência
na matéria, as aulas, livros, tudo tem muito pouca importância, face ao
propósito de favorecer à pessoa um clima de autodesenvolvimento e realização
pessoal, o que implica estar bem consigo próprio e com seus semelhantes. O
resultado de uma boa educação é muito semelhante ao de uma boa terapia.
Conteúdos: A
busca dos conhecimentos dá-se pelos próprios alunos. Os processos de ensino visam
mais facilitar aos estudantes os meios para buscarem por si mesmos os
conhecimentos que, no entanto, são dispensáveis.
Métodos:
Baseia-se na facilitação da aprendizagem. Os métodos usuais são dispensados,
prevalecendo quase que exclusivamente o esforço do professor em desenvolver um
estilo próprio para facilitar a aprendizagem dos alunos. Rogers explicita
algumas das características do professor facilitador: aceitação da pessoa do
aluno, capacidade de ser confiável, receptivo e ter plena convicção na capacidade
de autodesenvolvimento do estudante. Sua função restringe-se a ajudar o aluno a
se organizar, utilizando técnicas de sensibilização onde os sentimentos de cada
um possam ser expostos, sem ameaças. Assim, o objetivo do trabalho escolar se
esgota nos processos de melhor relacionamento interpessoal, como condição para
o crescimento pessoal.
Professor x
Aluno:Educação centralizada no aluno e o professor é quem garantirá um
relacionamento de respeito. O professor é um especialista em relações humanas,
ao garantir o clima de relacionamento pessoal e autêntico. Ausentar-se é a
melhor forma de respeito e aceitação plena do aluno. Toda intervenção é
ameaçadora, inibidora da aprendizagem.
Aprendizagem:Aprender
é modificar as percepções da realidade. Aprender a aprender.
Manifestações: As ideias de Carl Rogers, influenciam um
número expressivo de educadores e professores, principalmente orientadores
educacionais e psicólogos escolares que se dedicam ao aconselhamento. Menos
recentemente, podem-se citar também tendências inspiradas na escola de Summer
hill do educador inglês A.S. Neill.
Alunos
rejeitados por outras escolas, acabavam indo para essa escola, na qual era um
tipo de semi internado, não havia hierarquia, todos tomavam as decisões juntos,
em comum acordo. A ideia dessa escola é a de dar mais liberdade para a criança,
tem o foco no relacionamento interpessoal. A criança acaba desenvolvendo aquilo
que ela quer desenvolver. Exemplo dessa escola é a “ESCOLA DA PONTE”.
Uma crítica que se costuma fazer à influência de Rogers na
educação é que suas idéias incentivam uma liberdade sem limites, permitindo que
os alunos façam o que querem, levando à indisciplina e ao individualismo. Outra
objeção comum, desta vez no campo teórico, é que Rogers via os seres humanos
com excessiva complacência, sem levar em consideração possíveis impulsos inatos
para a agressividade, a competição ou a autodestruição.
Referências bibliográficas
Site Canto libertário. Tendência
Pedagógica. Disponível em: .
Acessado em 27-10-2013.
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